Comporta vendida por preço simbólico

Dívida superior a 112 milhões de euros à CGD e à CCAM desvaloriza ativo mais valioso do Grupo Espírito Santo.

11 de julho de 2017 às 01:30
Grupo Espírito Santo, GES, empresário, Investimento Imobiliário, Herdade da Comporta, Pedro Almeida, Ministério Público, CGD, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, banca, economia, negócios e finanças Foto: Direitos Reservados
Grupo Espírito Santo, GES, empresário, Investimento Imobiliário, Herdade da Comporta, Pedro Almeida, Ministério Público, CGD, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, banca, economia, negócios e finanças Foto: Tiago Petinga / Lusa

1/2

Partilhar

A participação de 59% do Grupo Espírito Santo (GES) na Herdade da Comporta - Fundo de Investimento Imobiliário, que detém a Herdade da Comporta, terá sido vendida a Pedro Almeida, empresário do setor petrolífero, por um preço simbólico. Para este resultado terá contribuído a extrema fragilidade da situação financeira do fundo: uma dívida de mais de 112 milhões de euros à CGD e à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) e um prejuízo superior a 19,6 milhões de euros, registado em 2016.

Ao que o CM apurou, o negócio ainda não está concluído. No centro das negociações estão ainda assuntos relacionados com a dívida do fundo à CGD, que ultrapassava os 111 milhões no final do ano passado.

Pub

O GES detém a participação no fundo Herdade da Comporta através da Rioforte, empresa que está em processo de insolvência no Luxemburgo. Daí que a venda dessa participação esteja a ser negociada entre o administrador de insolvência da Rioforte e os representantes de Pedro Almeida.

A venda está a ser encarada como uma operação destinada a salvar o fundo e, sobretudo, o empreendimento turístico na Herdade da Comporta, o ativo mais valioso do GES. A operação foi autorizada pelo Ministério Público. O dinheiro da venda ficará em Portugal. A parte agrícola da Herdade da Comporta não está incluída no negócio.

Pub

Primeira luz verde à venda do Novo Banco

É ainda necessária uma decisão sobre as ajudas estatais que permitirão a conclusão do negócio – nomeadamente a criação de um mecanismo de capital contingente através do qual os outros bancos assumem responsabilidades. Para já o processo de venda caminha "em linha com as regras" comunitárias".   

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar