Crédito renegociado só em fevereiro somou 642 milhões de euros

Volume dos empréstimos para compra de casa renegociados cresceu 8% face há um ano. Famílias procuram responder ao custo da prestação mensal com reestruturações dos créditos.

06 de abril de 2024 às 01:30
Imagem 28a.jpg (20895391) (Milenium) Foto: João Cortesão
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As famílias portuguesas continuam a apostar nas reestruturações dos empréstimos para compra de casa, de modo a fazer face às elevadas prestações mensais causadas pelas subidas das taxas de juro. Só em fevereiro deste ano, o montante renegociado com os bancos ascendeu aos 642 milhões de euros, um acréscimo de 47 milhões de euros, mais de 8%, em comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

O montante de fevereiro corresponde, ainda assim, a uma queda face ao primeiro mês deste ano, altura em que os detentores de créditos à habitação renegociaram com os bancos um valor global de 757 milhões de euros. No conjunto de 2023, o total em reestruturações foi de 8,8 mil milhões de euros.

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Importa referir que após a subida expressiva das taxas, em resultado dos aumentos ditados pelo Banco Central Europeu (BCE), se tem assistido a uma travagem no valor dos juros, o que até aqui não se tinha refletido na prestação mensal média.

De acordo com o Banco de Portugal, desde dezembro de 2021 que o valor da prestação média do conjunto dos créditos à habitação – na altura 278 euros – não parava de subir, até fevereiro deste ano, mês em que se manteve, face a janeiro, nos 426 euros.

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A baixa da inflação na Zona Euro para uma taxa próxima dos 2% (desacelerou para 2,4% em março) vai ao encontro do que pretende o BCE para começar a baixar os juros, o que poderá suceder em junho. Tal irá traduzir-se, então, na redução da prestação do crédito paga aos bancos.

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