CTT passam de prejuízos a lucro de 17,2 milhões de euros no 1.º semestre de 2021
Registadas perdas de dois milhões de euros em igual período de 2020.
Os CTT registaram lucros de 17,2 milhões de euros no primeiro semestre, o que compara com prejuízos de dois milhões de euros em igual período de 2020, anunciaram esta quinta-feira os Correios de Portugal.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por João Bento adianta que o resultado líquido de 17,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano foi "impulsionado principalmente pelo crescimento no EBIT [resultado operacional] recorrente".
Os CTT salientam ainda que "o resultado líquido do primeiro semestre de 2021 inclui efeitos não recorrentes no montante de 2,3 milhões de euros".
Entre janeiro e junho, os rendimentos operacionais cresceram 18,2% para 412,8 milhões de euros, "mais 63,6 milhões de euros do que no primeiro semestre de 2020, acelerando uma tendência de crescimento iniciada no terceiro trimestre de 2020 (+0,3%)", com "o desempenho notável do negócio de Expresso e Encomendas a crescer 40,7 milhões de euros (+47,8%), seguido do Correio e Outros, Banco CTT e dos Serviços Financeiros e Retalho, lê-se no documento.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) ascendeu a 57,3 milhões de euros, uma subida de 60,6%.
No correio, os rendimentos "refletem uma recuperação consistente iniciada após o segundo trimestre de 2020, com o segundo trimestre de 2021 a apresentar um crescimento de 15 milhões de euros (+16%)".
No semestre, os rendimentos operacionais de Correio subiram 6,6% para 216,1 milhões de euros, "sendo este um sólido desempenho face ao contexto económico e à tendência secular" destes serviços.
Esta subida resultou, "fundamentalmente, do aumento dos rendimentos do correio transacional (+12,3 milhões de euros; +7,1%), cuja receita beneficiou do aumento do contributo dos produtos de maior valor acrescentado, os quais apresentam também um maior valor unitário, assistindo-se a uma menor dependência do correio normal -- cujo peso na receita passa de 37% no primeiro semestre de 2020 para 34%" nos primeiros seis meses deste ano "-- e a uma maior importância do correio registado e internacional de chegada, cujo peso na receita cresce de 34% (...) para 37%".
Os CTT adiantam que se registou "uma influência positiva do correio publicitário (+0,5 milhões de euros; +5,9%), do correio editorial (+0,2 milhões de euros; +2,8%), das encomendas do serviço universal (+1,2 milhões de euros; +46,1%), da filatelia e outros produtos e serviços de correio (+0,2 milhões de euros; +6,2%), apenas atenuada pelo decréscimo das soluções empresariais (-1,2 milhões de euros; -14,3%)".
Já no segmento Expresso e Encomendas, os rendimentos operacionais ascenderam a 125,8 milhões de euros, uma subida de 47,8% em termos homólogos.
No mercado ibérico, os rendimentos somaram 124,3 milhões de euros, um aumento de 48,6%.
No semestre, os rendimentos de Expresso e Encomendas em Portugal totalizaram 67,1 milhões de euros, um aumento de 15,3 milhões de euros face ao mesmo período de 2020.
Em Espanha, os rendimentos deste segmento situaram-se em 57,2 milhões de euros, uma subida de 79,5%: "o tráfego totalizou 20,4 milhões de objetos, crescendo 80,7%" em termos homólogos.
Resultante deste crescimento, o CTT Expresso Espanha "atingiu 'breakeven' [ponto de equilíbrio] de EBITDA no segundo trimestre", superando "a previsão de 'breakeven de EBITDA" durante este ano, divulgada aquando dos resultados do terceiro trimestre de 2019.
"O ano 2021 está a dar continuidade ao forte crescimento já verificado no ano 2020, posicionando-se a CTT Expresso Espanha como um operador de referência no envio de encomendas urgentes no mercado ibérico", referem o CTT.
Já os rendimentos em Moçambique totalizaram 1,5 milhões de euros no semestre, uma subida de 4,9%.
Relativamente aos Serviços Financeiros e Retalho, os rendimentos totalizaram 23,7 milhões de euros no final de junho, um aumento de 10,3% face a igual período de 2020.
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