Doze bancos julgados por troca de informação com impacto no crédito de clientes

Instituições alegam que realizar troca de informação sobre spreads não tinha consequências.

08 de outubro de 2021 às 08:46
dinheiro, notas Foto: Getty Images
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O julgamento dos recursos das coimas de 225 milhões de euros aplicadas pela Autoridade da Concorrência a 12 bancos por troca de informação com impacto no crédito a clientes começou esta quinta-feira em Santarém, com os bancos a insistirem na nulidade da prova.

A Autoridade da Concorrência reafirmou os termos da condenação administrativa, que deu como provada a troca, entre os visados, de informação sensível, durante mais de 10 anos (de maio de 2002 a março de 2013), relativa aos preços a praticar nos créditos à habitação, ao consumo e às empresas.

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O caso, que está a ser julgado no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), foi desencadeado por uma denúncia apresentada pelo Barclays, o qual veio a beneficiar da dispensa total do pagamento da coima (clemência). As coimas foram conhecidas em 2019.

Várias defesas afirmaram ir provar, durante o julgamento, que a informação relativa aos spreads a aplicar nos créditos a conceder foi trocada entre funcionários que não tinham qualquer poder de decisão, que recorriam a essa prática em vez de fazerem consulta à informação disponível ou recorrerem a clientes mistério.

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