Empregados têm mais escola do que patrões

Mais de metade dos patrões portugueses (55,8% do total) tem apenas o ensino básico.

10 de dezembro de 2016 às 09:47
10-12-2016_08_32_47 Imagem 33a.jpg Foto: Umit Bektas/Reuters
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O nível médio de escolaridade do patronato em Portugal é inferior ao dos trabalhadores. Segundo os números do Eurostat, organismo oficial de estatística da União Europeia (UE), 113 mil patrões (55,8% do total) tinham, no ano passado, apenas o ensino básico, contra 1,6 milhões de trabalhadores (45,5%) com o mesmo grau de ensino.

Segundo a mesma fonte, 45 mil patrões (22,4%) tinham o ensino secundário, contra um milhão de assalariados (27,3%) com o mesmo nível médio de ensino. Quanto ao ensino superior, apenas 44 mil patrões tinham este grau de escolaridade (21,7%), contra 997 mil de trabalhadores (27,2%).

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As contas, com base nos números do Eurostat, foram elaboradas pelo economista da CGTP Eugénio Rosa, que considera que a "baixíssima escolaridade dos patrões portugueses constitui um obstáculo sério à recuperação económica e ao desenvolvimento do País".

Os números revelam também uma grande diferença entre a média de escolaridade do patronato português e a dos 28 países da União Europeia. No ensino básico: 55,8% em Portugal e 17,5% na UE; no ensino secundário: 22,4% em Portugal e 43,9% na UE; e, finalmente, no ensino superior: 21,7% em Portugal e 38,3% na UE.

A baixa escolaridade do patronato em Portugal pode refletir-se nos níveis de produtividade das empresas, já que é um fator que depende em muito das lideranças, da organização e da inovação.

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