Empresários da região de Coimbra preocupados com catástrofe provocada por incêndios

Para os empresários, os fundos do PRR e do Portugal 2030 devem ser "canalizados para a reconstrução da paisagem natural e para a revitalização do tecido económico e social".

19 de agosto de 2025 às 17:49
Bombeiros combatem incêndio florestal Foto: Ricardo Almeida
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O CERC, Conselho Empresarial da Região de Coimbra, manifestou esta terça-feira a sua profunda preocupação e indignação face à catástrofe provocada pelos incêndios que assolaram os concelhos, entre outros, de Arganil, Góis, Lousã, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra.

Segundo uma nota de imprensa enviada à agência Lusa, os fogos deixaram "marcas profundas" e "provocaram enormes prejuízos ambientais, sociais e económicos, fragilizando a coesão territorial e ameaçando a sobrevivência de inúmeros negócios que dependem da vitalidade e biodiversidade da serra".

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O presidente do CERC, Hugo Serra, alertou, citado no comunicado, que, "se não forem tomadas medidas urgentes", há o risco de "condenar o interior ao abandono definitivo".

O Conselho Empresarial da Região de Coimbra defende que o Estado se desloque ao território para ouvir as autarquias, empresários e entidades locais, "de forma a garantir que a estratégia de reconstrução é realista, eficaz e conduzida por quem conhece verdadeiramente o território".

Para os empresários, os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030 devem ser "canalizados para a reconstrução da paisagem natural e para a revitalização do tecido económico e social, devolvendo esperança, dignidade e futuro às comunidades e empresas".

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Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.

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Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024. 

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