“Excessos” na ADSE deverão ser cortados
Comparticipação dos beneficiários não deverá aumentar no próximo ano.
O preço da comparticipação dos beneficiários da ADSE nas consultas não deverá aumentar no próximo ano. Em contrapartida, há pagamentos a fornecedores que são um "exagero" e que deverão ser cortados, adiantou ontem ao CM José Abraão, dirigente da Federação dos Sindicatos da Função Pública (FESAP).
O membro do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE - onde estas questões são debatidas - deu como exemplo o valor pago pelo transporte de hemodialisados, em que o subsistema de saúde dos funcionários públicos "paga 90 euros por quilómetro quando o Serviço Nacional de Saúde paga metade". Trata-se, defende, de ter uma "melhor gestão e mais transparência para que se garanta a sustentabilidade da ADSE".
É, pois, ao nível dos pagamentos que a ADSE deverá controlar o seu orçamento e não aumentando a comparticipação dos beneficiários. Nesse sentido, acrescenta José Abraão, o aumento proposto pelo Conselho Diretivo para o próximo ano - de 1,51 euros nas consultas de clínica geral e mais 1,01 euros nas de especialidade - deverá ficar sem efeito.
Estas e outras questões relacionadas com as tabelas de comparticipação irão ser discutidas em reunião do Conselho de Supervisão no próximo dia 6 de dezembro.
Entretanto, aquele órgão rejeitou o alargamento generalizado da ADSE, nomeadamente aos trabalhadores das empresas públicas, admitindo entradas faseadas mas pedindo estudos fundamentados, com caracterização dos utentes.
No entanto, o Conselho considera prioritário criar condições para a adesão dos trabalhadores dos hospitais público-empresariais, dos que saíram do sistema e ainda dos que não se inscreveram nos seis primeiros meses regulamentares. Este universo potencial ascende, de acordo com os cálculos de José Abraão, a 80 mil pessoas.
PORMENORES
João Proença lidera
O Conselho Geral e de Supervisão, que conta com 17 membros, emite pareceres sobre objetivos estratégicos, orçamentos e contas anuais.
Alargamento avaliado
Os membros do Conselho Geral de Supervisão, liderado pelo ex--sindicalista João Proença, reuniram-se esta semana para avaliar o alargamento da ADSE.
Novas adesões adiadas
A abertura da ADSE aos cônjuges dos funcionários públicos, tal como a outros trabalhadores, deverá assim ficar para uma fase posterior.
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