“Excessos” na ADSE deverão ser cortados

Comparticipação dos beneficiários não deverá aumentar no próximo ano.

24 de novembro de 2017 às 01:30
ADSE, comparticipação, beneficiários, execessos, economia Foto: Bruno Colaço
ADSE, Saúde e das Finanças, Adalberto Campos Fernandes, Governo, Função Pública, saúde, política Foto: Bruno Colaço
A antiga ADSE passou a chamar-se Instituto de Proteção e Assistência na Doença e tem novas regras Foto: Bruno Colaço
ADSE, beneficiários, salário mínimo, pensões, governo, política Foto: Bruno Colaço

1/4

Partilhar

O preço da comparticipação dos beneficiários da ADSE nas consultas não deverá aumentar no próximo ano. Em contrapartida, há pagamentos a fornecedores que são um "exagero" e que deverão ser cortados, adiantou ontem ao CM José Abraão, dirigente da Federação dos Sindicatos da Função Pública (FESAP).

O membro do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE - onde estas questões são debatidas - deu como exemplo o valor pago pelo transporte de hemodialisados, em que o subsistema de saúde dos funcionários públicos "paga 90 euros por quilómetro quando o Serviço Nacional de Saúde paga metade". Trata-se, defende, de ter uma "melhor gestão e mais transparência para que se garanta a sustentabilidade da ADSE".

Pub

É, pois, ao nível dos pagamentos que a ADSE deverá controlar o seu orçamento e não aumentando a comparticipação dos beneficiários. Nesse sentido, acrescenta José Abraão, o aumento proposto pelo Conselho Diretivo para o próximo ano - de 1,51 euros nas consultas de clínica geral e mais 1,01 euros nas de especialidade - deverá ficar sem efeito.

Estas e outras questões relacionadas com as tabelas de comparticipação irão ser discutidas em reunião do Conselho de Supervisão no próximo dia 6 de dezembro.

Pub

Entretanto, aquele órgão rejeitou o alargamento generalizado da ADSE, nomeadamente aos trabalhadores das empresas públicas, admitindo entradas faseadas mas pedindo estudos fundamentados, com caracterização dos utentes.

No entanto, o Conselho considera prioritário criar condições para a adesão dos trabalhadores dos hospitais público-empresariais, dos que saíram do sistema e ainda dos que não se inscreveram nos seis primeiros meses regulamentares. Este universo potencial ascende, de acordo com os cálculos de José Abraão, a 80 mil pessoas.

PORMENORES

Pub

João Proença lidera

O Conselho Geral e de Supervisão, que conta com 17 membros, emite pareceres sobre objetivos estratégicos, orçamentos e contas anuais.

Alargamento avaliado

Pub

Os membros do Conselho Geral de Supervisão, liderado pelo ex--sindicalista João Proença, reuniram-se esta semana para avaliar o alargamento da ADSE.

Novas adesões adiadas

A abertura da ADSE aos cônjuges dos funcionários públicos, tal como a outros trabalhadores, deverá assim ficar para uma fase posterior.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar