Galp assina acordo com Venezuela
A Galp Energia assinou ontem um memorando de entendimento com a Petróleos de Venezuela (PDVSA). Trata-se de um plano de trabalho conjunto para analisar oportunidades de exploração, produção e abastecimento de petróleo e gás em vários países.
“São cinco os projectos que estarão em estudo. Com eles esperamos obter um acréscimo significativo na produção de petróleo e gás, com a missão de satisfazer 30 por cento das necessidades em Portugal, nos próximos cinco a dez anos”, explicou Manuel Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp.
A petrolífera portuguesa responsabilizou-se ainda para certificar várias reservas na Venezuela, onde, caso se avance para um consórcio, poderá vir a ter uma participação de 20 por cento na exploração da Faixa Petrolífera de Orinoco. São esperadas reservas de 50 mil barris nesta área, de acordo com o ministro da Energia e presidente da PDVSA. Rafael Carreño espera encontrar naquela zona até 12 mil milhões de barris de petróleo.
A parceria teve o apoio de Mário Soares que ontem, no Lisbon Energy Forum, reiterou a sua disponibilidade para ajudar a Galp “com tudo o que [ela] quiser”.
Entretanto, o administrador da Petrobrás, Nestor Cerveró, adiantou que o protocolo de entendimento com a Galp sobre biocombustíveis, embora ainda não esteja definido, será assinado até ao final deste ano.
O Lisbon Energy Forum, que reuniu os responsáveis de 12 empresas do sector energético, contou com a presença do primeiro-ministro. José Sócrates defendeu a microgeração como alternativa à dependência face ao petróleo.
Em relação às oscilações preço desta matéria-prima, a maioria dos empresários acredita que o ‘ouro negro’ não vai passar o patamar dos 70 dólares (perto de 50,45 euros) até ao final de 2007.
LIBERALIZAÇÃO
O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Vítor Santos, afirmou ontem que estão a ser criadas todas condições para a liberalização do sector eléctrico no nosso país.
GAZPROM
Américo Amorim disse que a empresa russa Gazprom vai entrar no capital da Galp Energia até ao fim deste ano. O empresário está convencido de que a visita oficial do presidente Vladimir Putin a Portugal “vai dar um bom impulso” ao dossiê.
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