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Mulher resgatada de cativeiro pela GNR em Barcelos diz que pediu para ser trancada "para descansar"

Filho que denunciou sequestro da mãe muda versão em julgamento e Ministério Público abre inquérito. Marido agressor fica em silêncio.

01 de novembro de 2025 às 01:30

O caso foi divulgado em outubro do ano passado pelo CM. A GNR de Barcelos resgatou uma mulher de 50 anos, que estava em cativeiro no anexo de uma habitação, em Macieira de Rates, sem comer nem beber há três dias. Esta sexta-feira, no início do julgamento, o marido, um marroquino de 51 anos, a viver em Portugal há 25 anos, ficou em silêncio. O filho da vítima, que denunciou o caso, mudou a versão e vai responder num  processo crime por falsidade de testemunho.

No arranque do julgamento, perante o silêncio do arguido, que está preso há um ano na cadeia de Braga, foram ouvidas as declarações que prestou quando foi detido. Negou tudo. A vítima disse ao Coletivo que pediu ao marido para a fechar no anexo. "Tinha caído das escadas e pedi ao marido para me fechar no quarto, para poder descansar sem ser incomodada pelas crianças", disse a mulher, negando ter sido deixada à fome durante três dias.

O arguido, que responde por violência doméstica e por ameaça, coação e resistência aos militares da GNR, chegou a empunhar uma catana, ameaçando que matava os guardas e de seguida a mulher.

Esta sexta-feira, em Tribunal, os três militares descreveram ter encontrado a vítima "muito frágil e debilitada, deitada na cama, num quarto sem janelas, nem casa de banho". No espaço havia um balde com urina e fezes, que a vítima garantiu que nunca utilizou.

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