Espírito Santo agrava contas da Caixa

CGD fecha 2014 com prejuízos de 348 milhões de euros.

12 de fevereiro de 2015 às 08:14
11-02-2015_23_13_35 23 ges.jpg Foto: Sérgio Lemos
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Queda do BES prejudicou Caixa Geral de Depósitos?

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Queda do BES prejudicou Caixa Geral de Depósitos?

A falência do Grupo Espírito Santo (GES) obrigou a Caixa Geral de Depósitos (CGD) a registar no balanço uma perda significativa, o que arrastou as contas do banco público para um prejuízo de 348 milhões de euros em 2014. Ainda assim, o número foi bastante inferior aos 580 milhões negativos registados em 2013.

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José de Matos, presidente executivo da CGD, recusou detalhar as empresas do GES que tinham recebido financiamento da Caixa e o montante das perdas registadas, mas segundo contas feitas pelo CM – partindo de uma exposição do banco público que ascendia a cerca de 300 milhões de euros – apontam para um impacto das empresas da família Espírito Santo situado entre os 100 e 150 milhões de euros. A maioria dos créditos ao GES, sabe o CM, foram concedidos antes de 2007. Na apresentação de resultados, o líder da CGD disse apenas tratar-se de "um número significativo" relativo a uma "exposição antiga". José de Matos explicou que, "até julho não tinha havido incumprimento de crédito sobre operações do GES e os juros eram pagos com regularidade". Para o banqueiro, são os "erros do passado", em que foram assumidos "riscos excessivos" que ainda afetam o banco.

A somar às perdas com o GES, a CGD foi ainda penalizada na análise do Banco Central Europeu aos ativos do banco, que obrigou ao registo de provisões no valor de 220 milhões e pelo impacto do novo regime especial de impostos diferidos, que pesou em mais 85 milhões. Por tudo isto, as imparidades registadas ascenderam a 950 milhões.

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Nota positiva para os depósitos: no final de 2014 atingiram os 70,7 mil milhões de euros, mais 3,1 mil milhões do que em 2013.

Mais 21 agências fechadas até ao final deste mês 

A CGD prossegue o plano de racionalização da rede de agências no mercado doméstico – encerrou 19 balcões no ano passado e reduziu o quadro de pessoal em 232 funcionários. Agora, prevê fechar, até ao final deste mês, mais 21 agências. Quanto ao quadro de pessoal, José de Matos admitiu que quer "acelerar" a redução de efetivos, "recorrendo a processo de reformas antecipadas". 

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