GNR e PSP formados para conduzir camiões durante greve dos motoristas

Agentes e militares com carta de pesados estão de hoje a sexta-feira a treinar manuseio de matérias perigosas.

07 de agosto de 2019 às 08:58
Marcelo Rebelo de Sousa deixou apelo ao consenso. Em dezembro, o Chefe de Estado ouviu queixas dos motoristas Foto: Lusa
Greve de motoristas Foto: Lusa/Mário Cruz

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Os militares da GNR e agentes da PSP que têm carta de condução de pesados vão entre hoje e sexta-feira receber formação para conduzir camiões caso a greve dos motoristas, agendada para 12 de agosto, avance e se prolongue, segundo apurou o CM.

O Governo levou a cabo nos últimos dias um levantamento da informação dos agentes das forças de segurança com carta de condução C+E, ou seja, de pesados com reboque.

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O CM sabe que na PSP cada comando indicou dois a três agentes para receberem a formação em matérias perigosas. Uma dessas formações terá lugar na Base Aérea de Ovar.

O objetivo, segundo apurou o CM, é que as forças de segurança – tal como os militares – têm de estar preparadas para conduzir os camiões e abastecer os postos de combustível em caso de greve prolongada, evitando uma rutura no abastecimento. O CM contactou a assessoria do Ministério da Administração Interna, que recusou adiantar mais dados ao que o ministro afirmou de manhã. Eduardo Cabrita afirmou que está a ser preparado o planeamento para salvaguardar o abastecimento.

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Ontem, o Presidente da República fez um apelo aos motoristas para que pesem as consequências da greve. "Não basta que os fins sejam legítimos, é preciso que os meios não prejudiquem os fins", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. Ao CM, Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, desvalorizou o apelo, lembrando que "todos os meios antecedentes foram utilizados".

Cinco transportadoras comunicaram que vão dar entrada com uma providência cautelar a pedir a ilegalidade do pré-aviso de greve. Pardal Henriques frisa que o objetivo é "tentar bloquear um direito constitucional". O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, acredita ainda ser possível um acordo.

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