Governo sobe salários de topo da Função Pública
Aumentos salariais têm um impacto de 200 milhões de euros nas contas do Estado e não excluem quem recebe mais.
O Governo confirmou ontem a atualização de 13 carreiras especiais da Função Pública, com um impacto gradual que chegará perto dos 200 milhões de euros. Saem beneficiados bombeiros, professores, médicos, técnicos de emergência pré-hospitalar, oficiais de justiça, diplomatas, funcionários do Fisco e inspetores de pesca. E os aumentos salariais não excluem as posições de topo. Acontece, por exemplo, com os novos especialistas em coordenação transversal de administração e políticas públicas, técnicos superiores que passam a ter uma tabela remuneratória própria, equiparada à de outros no Ministério das Finanças (MF) e no Instituto Nacional de Estatística.
Alterações dão mais 50 euros em final de carreira e 100 euros a recém-chegados
A medida traduz-se numa subida de 56,53 euros para quem está no último nível: passam de um ordenado de 3972,72 para 4029,25 euros. “Apesar de tudo, continuamos a desenhar uma carreira em que praticamente ninguém chegará ao fim, porque tem 12 posições remuneratórias”, lamentou o secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública. José Abraão explicou, à saída da última ronda de negociações com o MF, que “são precisos 50 ou 60 anos para chegar ao topo”. Também os salários de entrada beneficiam de um aumento. Nestes casos, a subida é de 105,26 euros e os ordenados engordam de 1495,20 para 1600,46 euros. A alteração é motivada pela reestruturação orgânica do MF, que cria três organizações e, com estas, uma nova carreira. Quem a integrar terá de abdicar dos pontos já acumulados via avaliação de desempenho e verá os salários atualizados em julho.
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