Mais de metade do preço dos combustíveis são impostos
Carga fiscal sobre gasolina e gasóleo aumenta no terceiro trimestre, segundo associação de empresas.
O peso dos impostos no gasóleo superou os 50% no terceiro trimestre, seguindo o comportamento da carga fiscal da gasolina, que atingiu 56%. A informação divulgada pela associação das Empresas Portuguesas de Combustíveis e Lubrificantes (Epcol) mostra ainda que a diferença de preços face a Espanha varia entre os 15 cêntimos (no gasóleo) e 21 cêntimos (no gasolina).
A subida da carga fiscal sobre os preços dos combustíveis prende-se, por um lado, com o sobrecusto da incorporação de biocombustíveis, e com o IVA. De acordo com o relatório da Epol sobre a Evolução do Mercado dos Combustíveis no terceiro trimestre, o ISP manteve-se na gasolina enquanto o IVA subiu um cêntimo em consequência da subida de preço. Já no gasóleo, apesar do ISP também se ter mantido, o IVA subiu seis cêntimos por litro, igualmente devido à subida do preço.
A carga fiscal subiu assim de 55% na gasolina, registada no primeiro e segundo trimestre, para 56,1% entre julho e setembro. No gasóleo, o peso dos impostos subiu de 49,5%, no primeiro e segundo trimestre, para 50,8% no mesmo período.
Face ao trimestre anterior, entre abril e junho, os preços por litro subiram cerca de dois cêntimos, quer na gasolina quer no gasóleo, num equilíbrio entre o aumento de impostos e a descida das cotações ou dos custos.
O documento divulgado esta terça-feira compara os preços com o país vizinho. "Em relação a Espanha, o valor médio trimestral do Preço médio de venda ao Público nacional foi superior na gasolina 95 (21,3 c/l), no gasóleo rpdoviário (15,2 c/l)", lê-se no relatório.
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