Mexidas no IRS: Tabelas de retenção ficam sem alterações. Veja as simulações

Novos escalões não foram atualizados. Aumentos salariais significarão mais impostos.

14 de abril de 2022 às 01:30
computador, xxx Foto: Vitor Mota
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O Governo não vai mexer nas tabelas de retenção do IRS, apesar de os escalões terem passado de sete para nove. Na quarta-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais referiu, durante a apresentação do Orçamento, que as tabelas este ano já foram alteradas duas vezes (em janeiro e em março) para acomodar um erro que tinha havido em relação aos pensionistas que mudavam de escalão de imposto por via do aumento das suas pensões. Mendonça Mendes disse que, nessa altura, o Governo já antecipou "em grande medida alguns dos efeitos que iriam existir com estas alterações aos escalões".

Segundo apurou o CM, um outro motivo para não mexer nas tabelas de retenção prende-se com a necessidade de não obrigar as empresas a recalcular os salários dos seus colaboradores.

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Quanto ao mínimo de existência, isto é, o patamar até ao qual os trabalhadores estão isentos de pagar IRS, a proposta do OE prevê um aumento de 200 euros para os 9415€, tal como estava inscrito no documento chumbado em 2021.

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Uma outra questão é a atualização dos nove escalões de IRS. Apesar de o Governo inscrever uma inflação de 4% na proposta de Orçamento, os novos escalões de IRS foram atualizados em 0,9%. Isto significa que no caso dos trabalhadores que tiverem aumentos intercalares de salários, ou prémios de produtividade, irão pagar necessariamente mais impostos.

Em termos de carga fiscal sobre o Produto Interno Bruto, o ministro das Finanças, Fernando Medina, adiantou que ela vai passar dos 35,6% em 2021, para os 35,1% este ano.

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