Ministro das Finanças garante que apoios vão continuar "custe o que custar" e sublinha reforço do SNS
João Leão revelou que o Governo investiu no SNS mais 120 milhões de euros do que no ano passado.
O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, disse esta terça-feira no parlamento que os apoios às famílias e empresas vão continuar "custe o que custar, enquanto a atividade económica estiver condicionada pela pandemia".
"Demonstrámos nos últimos anos, ainda mais no contexto da pandemia, a prioridade no reforço do SNS (Serviço Nacional de Saúde), mantivemos a aposta nos meios ao dispor do SNS. A despesa total no primeiro trimestre cresceu 5,9% face ao ano passado", disse João Leão.
O ministro garantiu que as despesas com pessoal do SNS "tiveram um crescimento de 10,4%", o que equivale a mais 120 milhões de euros do que no ano passado e se traduz em mais de 10 mil profissionais de saúde.
João Leão referiu também que "o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) marca transversalmente as políticas públicas do nosso País para os próximos anos".
O Governo aprovou em Conselho de Ministros, no dia 15 de abril, o Programa de Estabilidade 2021-25, tendo o documento ficado disponível pouco depois de da meia-noite do dia 16 no 'site' do parlamento.
No documento, o executivo prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4% este ano, abaixo dos 5,4% anteriormente previstos, e 4,9% em 2022.
Quanto ao desemprego, o Governo prevê que a taxa deste ano fique nos 7,3%, acima dos 6,8% com que terminou 2020, mas abaixo da anterior previsão, de 8,2%.
O défice das contas públicas portuguesas ficará nos 4,5% este ano, a partir de 2022 atingirá o valor de 3,2%, e a partir de 2023 voltará a ficar abaixo dos 3%.
Este ano, a dívida pública deverá ficar nos 128% do PIB, baixando depois para 123% em 2022, para 121% em 2023, para 117% em 2024 e 114% em 2025.
O Governo prevê que as exportações portuguesas aumentem 8,7% em 2021 e 7,9% em 2022, devido à retoma mundial e ao turismo, com as importações a aumentarem 5,6% este ano, depois de terem caído 12% em 2020, crescendo 6% em 2022 e 2023, 5,6% em 2024 e 5,4% em 2025.
Noutras medidas, o Governo prevê também uma injeção de 430 milhões de euros no Novo Banco, via Fundo de Resolução, e 970 milhões de euros para a companhia aérea TAP.
Entretanto, na segunda-feira foi conhecido que o saldo orçamental das Administrações Públicas (AP) agravou-se em 2.358 milhões de euros no primeiro trimestre face ao mesmo período do ano passado, registando no final de março um défice de 2.255 milhões de euros.
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