Nova proposta orçamental é oportunidade para Turismo ser ouvido, diz Confederação

Presidente da Confederação do Turismo de Portugal diz que se impõe que, "para além dos apoios previstos no PRT, um próximo Governo vá mais longe",

11 de novembro de 2021 às 18:20
Turismo, Portugal Foto: Direitos Reservados/Facebook
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O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) manifestou-se esta quinta-feira esperançoso que, face à atual conjuntura de crise política, no próximo Orçamento do Estado as medidas que o Turismo reivindica venham a ser ouvidas.

"Há medidas fundamentais de capitalização das empresas, instrumentos financeiros para a capitalização das empresas, que não saíram do papel e que devem ser prioridade absoluta de um próximo Governo", afirmou Francisco Calheiros no 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Albufeira.

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Francisco Calheiros diz-se ciente que "a atual conjuntura política obriga a um compasso de espera em muitas decisões", mas que, "na verdade, os apoios às empresas do Turismo estão há muito aprovados", pelo que, em seu entender, nada impedirá que cheguem já às empresas.

"E talvez um novo Governo e, sobretudo, um novo Orçamento do Estado sejam uma oportunidade para que os responsáveis do Turismo sejam ouvidos e para que se implementem medidas há muito necessárias", reforçou.

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Em sua opinião, impõe-se que, "para além dos apoios previstos no PRT, um próximo Governo vá mais longe", por exemplo, "reforçando os benefícios fiscais e reduzindo a carga fiscal", duas medidas reivindicadas já há muito.

"A situação do país deixa-me, obviamente, preocupado, mas impõe-se a serenidade, devemos olhar para o futuro e juntos conseguirmos a recuperação do Turismo, seguindo a temática do Congresso da AHP, "'O Turismo Tem Futuro'", considerou.

Aquando ainda da proposta do Orçamento do Estado para 2022 - entretanto chumbada na Assembleia da República - a CTP reforçou o apelo ao Governo de António Costa para criar compensações do aumento dos preços da eletricidade e dos combustíveis, facilitando assim a retoma da atividade turística, por exemplo.

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Hoje, Francisco Calheiros voltou a lembrar que para o total do ano 2021 as previsões da CTP apontam para uma quebra de passageiros nos aeroportos nacionais na ordem dos 60% e uma quebra de dormidas no alojamento turísticos na ordem dos 50%.

"Por isso, para que se prossiga a recuperação da atividade turística, que os últimos meses já começam a demonstrar, é necessário que as empresas estejam preparadas e sobretudo estejam capitalizadas para fazer face aos desafios que se nos colocam", afirmou, lembrando que a CTP prevê que "as perspetivas para o ano de 2022 já são necessariamente otimistas face ao vivido nos últimos dois anos" e que em 2023 já se estará próximo "do cenário pré pandemia".

O Congresso promovido pela AHP vai decorrer até sexta-feira em Albufeira, e conta com um número recorde de inscritos - quase 600 - para um "reencontro" que a associação do setor quer que marque "o momento de 'recomeçar'", como disse a vice-presidente da AHP, Cristina Siza Vieira, à Lusa.

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