"Nunca tive evidência que houvesse intenção de revogar a garantia"
Ex-presidente executivo do BESA falou na comissão de inquérito ao BES/GES.
O ex-presidente executivo do BES Angola (BESA), Rui Guerra, disse no Parlamento que nunca teve "evidência de que houvesse intenção de revogar a garantia" do Estado angolano aos créditos da subsidiária do BES.
Rui Guerra, que substituiu no cargo o angolano Álvaro Sobrinho, adiantou na comissão de inquérito ao BES/GES que durante todo o ano de 2014 teve sempre "conversas muito escorreitas com o ministério das Finanças de Angola e com o Banco Nacional e Angola". E avançou também que "a garantia era robusta" e que nada fazia crer que pudesse vir a ser retirada após a resolução do BES.
Sobre os destinatários dos 4,2 mil milhões de euros de créditos em incumprimento, Rui Guerra escudou-se no sigilo bancário angolano para recusar avançar detalhes. Ainda assim, o ex-gestor admitiu que "houve alguns casos em que os beneficiários últimos dos financiamentos não foram identificados".
Rui Guerra explicou também que dos 4,3 mil milhões de euros de créditos referidos numa assembleia geral do BESA, a 3 de outubro de 2013, apenas entre 2 a 3 mil milhões de euros estavam efetivamente em incumprimento.
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