Preço dos frescos sobe e inflação cresce para 3%
Ano termina com taxa de 2,4% e registo que fica abaixo das previsões do Governo. Alimentação e energia prejudicaram o resultado em dezembro.
A taxa de inflação aumentou para 3% em dezembro, mais 0,5 pontos percentuais do que no mês anterior. A subida é explicada pelo agravamento dos preços da energia (de 2,1% para 4,9%) e dos alimentos frescos (de 1,9% para 3,4%). Os dados, divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para uma média anual de 2,4%, inferior à de 2023, que acabou nos 4,3%.
O valor apurado no conjunto dos 12 meses, que para já é apenas uma estimativa e será confirmado a 16 de janeiro, fica abaixo da previsão do Governo (2,6%). O Executivo de Luís Montenegro espera que a taxa continue a descer no próximo ano e que se fixe nos 2,3%. “Esta trajetória reflete, por um lado, os efeitos da política monetária que atuam sobre a procura e, por outro lado, a dissipação dos efeitos dos choques da oferta sobre os preços internacionais da energia e dos bens alimentares”, lê-se no relatório que acompanha o Orçamento do Estado. No mesmo documento, é traçado um cenário em que a inflação nos bens alimentares “deverá beneficiar, no ano de 2025, da eliminação dos efeitos de base associados à isenção de IVA”. Já as pressões sobre os preços dos serviços cairão, ainda que a um ritmo lento, “num contexto de moderação do crescimento dos salários”.
O INE revelou também que as vendas no comércio em Portugal subiram 8,8% em novembro, por comparação com 2023. Trata-se de uma aceleração de 4,3 pontos percentuais face a outubro. No mesmo período, a produção industrial homóloga baixou 2,2% e caiu 6,9 pontos percentuais num mês.
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