Ricciardi quer calar Marcelo
Presidente do BESI diz que professor não tem condições de “imparcialidade” e “isenção”.
José Maria Ricciardi voltou a desmentir Marcelo Rebelo de Sousa. Segundo uma declaração com 29 pontos divulgada através do seu advogado, a que o CM teve acesso, o presidente do BESI diz que o comentador da TVI "não reúne as condições de imparcialidade, isenção e de objetividade que lhe permitam uma avaliação séria e ponderada das responsabilidades de quem está envolvido no colapso do Banco Espírito Santo [BES]".
"A bem da credibilidade e do rigor, melhor fora que se abstivesse de comentar este tema, em que lhe sobra apenas a mágoa, como confessa, de não poder partilhar no Brasil a convivência com o seu grande amigo Dr. Ricardo Salgado", escreve José Maria Ricciardi.
O banqueiro estranha que Marcelo só se tenha apercebido da gestão centralizadora de Ricardo Salgado no GES depois de ter ouvido as gravações das conversas do Conselho Superior. "Esta situação é tanto mais inexplicável quanto é certo que a companheira do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, Drª Rita Amaral Cabral, era administradora do BES e ainda integrava a Comissão de Partes Relacionadas, criada internamente pelo Banco de Portugal para assegurar o ‘ring-fencing’ entre o banco e as restantes empresas do grupo, cujo desempenho se encontra sob investigação", escreve.
Mais, Ricciardi diz mesmo que "além de administradora do BES, a referida companheira, ilustre advogada, prestava serviços jurídicos ao grupo, tendo até ditado para a ata na última sessão do Conselho de Administração ainda presidida pelo Dr. Ricardo Salgado um rasgado elogio ao seu desempenho e deixado um registo da sua gratidão em ter servido tão ilustre personalidade".
Contactado pelo CM, Marcelo disse que ainda não leu a declaração e só depois de a conhecer decidirá se a comenta.
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