Gestor lava dinheiro em lavandarias
Administrador judicial detido pela Polícia Judiciária.
Era através das suas lavandarias e empresas do imobiliário que o administrador judicial Eugénio Gouveia lavava o dinheiro que desviava das firmas insolventes que os tribunais o mandavam gerir. Terá sacado mais de 3 milhões de euros. Foi agora apanhado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, em articulação com a 9ª secção do DIAP de Lisboa.
Segundo apurou o CM, o homem, de cerca de 50 anos e com escritórios em Lisboa, desviou diretamente o dinheiro das massas insolventes (bens e créditos dos devedores) para as contas das suas lavandarias. O empresário, nomeado pelos tribunais para administrar dezenas de empresas em insolvência, ficava assim com as verbas que deveria entregar aos credores das firmas falidas. Foi detido por peculato e branqueamento de capitais.
Eugénio Gouveia era investigado desde o início do ano. A Polícia Judiciária avançou agora com 11 buscas, a casa, viaturas e empresas do suspeito. O homem é hoje presente a tribunal.
Este foi o terceiro administrador judicial de insolvências detido no espaço de um ano pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ. Um dos outros dois foi o advogado Rui Coimbra, que cobrava comissões de 20 mil euros para dar pareceres favoráveis a empresários sobre as falências das empresas. Entre vários bens, foram-lhes apreendidos um Ferrari e um Mercedes, avaliados em meio milhão.
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