Saída de líder português da Stellantis custa 2,4 mil milhões de euros

Administração da fabricante automóvel assume que havia desacordos.

03 de dezembro de 2024 às 01:30
Carlos Tavares Foto: Direitos reservados
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Os mercados financeiros reagiram mal ao anúncio da demissão de Carlos Tavares da liderança da fabricante automóvel Stellantis, que conta com Citroën, Peugeot, Opel, Chrysler, Maserati e Fiat. As ações desvalorizaram esta segunda-feira nas bolsas de Milão, Paris e Nova Iorque, refletindo a preocupação com o futuro da quarta maior fabricante de automóveis do Mundo.

Carlos Tavares sai um ano e meio antes de terminar o seu mandato, em 2026, mas já depois de terem sido conhecidas divergências com o conselho de administração devido aos fracos resultados financeiros anunciados.

A ação chegou a cair esta segunda-feira cerca de 10%, mas no final do dia fixou-se em 6,37%, o que representa uma desvalorização de 2,4 mil milhões de euros.

Carlos Tavares foi contratado, em 2014, para o grupo PSA, que se fundiu com a Fiat, tendo dado origem à Stellantis, em 2021.

A comunicação ao mercado foi feita domingo à noite pelo Conselho de Administração da Stellantis que, “sob a presidência de John Elkann, aceitou hoje [domingo] a renúncia de Carlos Tavares ao posto de chief executive officer [CEO] da empresa, com efeito imediato”.

De acordo com o comunicado, o processo para a nomeação de um novo CEO “está bem encaminhado” e será concluído “no primeiro semestre de 2025”. Até lá, será criado um Comité Executivo Interino, presidido por John Elkann.

O grupo automóvel está presente em Portugal, tendo apostado numa fábrica em Mangualde (Viseu).

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