Saída de líder português da Stellantis custa 2,4 mil milhões de euros
Administração da fabricante automóvel assume que havia desacordos.
Os mercados financeiros reagiram mal ao anúncio da demissão de Carlos Tavares da liderança da fabricante automóvel Stellantis, que conta com Citroën, Peugeot, Opel, Chrysler, Maserati e Fiat. As ações desvalorizaram esta segunda-feira nas bolsas de Milão, Paris e Nova Iorque, refletindo a preocupação com o futuro da quarta maior fabricante de automóveis do Mundo.
Carlos Tavares sai um ano e meio antes de terminar o seu mandato, em 2026, mas já depois de terem sido conhecidas divergências com o conselho de administração devido aos fracos resultados financeiros anunciados.
A ação chegou a cair esta segunda-feira cerca de 10%, mas no final do dia fixou-se em 6,37%, o que representa uma desvalorização de 2,4 mil milhões de euros.
Carlos Tavares foi contratado, em 2014, para o grupo PSA, que se fundiu com a Fiat, tendo dado origem à Stellantis, em 2021.
A comunicação ao mercado foi feita domingo à noite pelo Conselho de Administração da Stellantis que, “sob a presidência de John Elkann, aceitou hoje [domingo] a renúncia de Carlos Tavares ao posto de chief executive officer [CEO] da empresa, com efeito imediato”.
De acordo com o comunicado, o processo para a nomeação de um novo CEO “está bem encaminhado” e será concluído “no primeiro semestre de 2025”. Até lá, será criado um Comité Executivo Interino, presidido por John Elkann.
O grupo automóvel está presente em Portugal, tendo apostado numa fábrica em Mangualde (Viseu).
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