Salários e redução de IRS aumentam consumo em 2026
Previsões da OCDE apontam para um crescimento de 2,2% do Produto Interno Bruto no próximo ano.
As projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) são otimistas para o próximo ano, prevendo uma aceleração do crescimento da economia portuguesa de 1,9% deste ano para 2,2% em 2026. Mas alerta para o impacto da redução do financiamento fundos europeus e para os gastos com a defesa.
"O crescimento sustentado dos salários e o emprego robusto aumentarão o consumo, especialmente porque a inflação e os custos do serviço da dívida deverão permanecer moderados", antecipa a organização no relatório Perspetivas Económicas, divulgado esta terça-feira, recordando ainda a contribuição da redução dos escalões do IRS, já anunciada pelo governo, para o aumento de rendimento das famílias.
No entanto, "uma nova descida da taxa de poupança das famílias e uma evolução salarial mais forte do que o esperado poderão reforçar o consumo, mas também alimentar a inflação. Despesas públicas superiores ao esperado, nomeadamente na Defesa, também poderão aumentar a procura interna", avisa a OCDE.
Em contrapartida, apesar de apontar para uma aceleração da atividade económica em 2026, a organização ressalva que "a redução dos desembolsos de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a elevada incerteza poderão pesar sobre o investimento, implicando um menor crescimento (do que o agora projetado) e uma menor inflação".
Já para 2027, a perspetiva da OCDE é a de um abrandamento do PIB para 1,8%.
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