Taxa de juro no crédito à habitação não era tão baixa há mais de dois anos
Juros dos empréstimos para a compra de casa recuam para o valor mais reduzido desde dezembro de 2022.
A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação caiu 0,07 pontos percentuais em março, para 3,11%, o valor mais baixo desde dezembro de 2022, mantendo-se abaixo da média da Zona Euro (3,31%).
De acordo com o Banco de Portugal, o montante de novos contratos à habitação aumentou 265 milhões de euros em março para 1951 milhões, o segundo valor mais elevado desde o início da série, em dezembro de 2014.
Em reflexo das medidas de apoio aos jovens na compra da primeira casa, o crédito concedido a mutuários até aos 35 anos representou mais de metade (56%) dos novos contratos para habitação própria permanente, um peso dois pontos percentuais acima do observado em fevereiro.
Por sua vez, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo 15.º mês consecutivo, passando de 1,83%, em fevereiro, para 1,69%, em março. Deste modo, o ganho esperado com a poupança está cada vez mais longe de compensar a inflação prevista pelo Governo para este ano (2,3%).
Apesar da queda da remuneração dos depósitos, que são tradicionalmente o instrumento de poupança mais popular, os portugueses investiram mais 1230 milhões de euros nestes produtos em março, totalizando 12 909 milhões.
Nos novos depósitos com prazo até um ano e com prazo de um a dois anos, a taxa de juro média baixou 0,14 pontos percentuais em ambos os casos, para 1,70% e 1,44%, respetivamente. Em sentido oposto, a remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos aumentou 0,32 pontos percentuais, atingindo os 1,51%.
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