Valor médio do arrendamento caiu 3,5% na rede da Century 21 para 817 euros

Último semestre de 2020 revelou os níveis mais elevados de transações de arrendamento dos dois últimos anos.

05 de fevereiro de 2021 às 07:28
Rendas Lisboa
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O valor médio de arrendamento a nível nacional, na rede da Century 21, caiu 3,5% em 2020, para 817 euros, face ao ano anterior, em que atingia os 847 euros, segundo um comunicado da empresa do ramo imobiliário.

Apesar disso houve zonas do país em que a descida foi muito mais acentuada, como no Porto, em que caiu 38,5% para 691 euros, Lisboa com uma redução de 15,3% (1.031 euros) e Faro, que assistiu a uma queda de 19,8% nas rendas (702 euros).

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De acordo com Ricardo Sousa, presidente executivo da Century 21 Portugal "esta descida é uma consequência do perfil de procura, com menor capacidade económica, bem como de famílias e jovens que procuram uma solução flexível e temporária de habitação, que optam pelo arrendamento como a alternativa possível".

O responsável referiu ainda que o ano anterior "foi também marcado pela transferência de muitos imóveis alocados ao alojamento local para o arrendamento de longa duração, o que influenciou o aumento da oferta e um maior ajuste do valor médio de renda nos imóveis transacionados em mercados como Lisboa e Porto, com a Cidade Invicta a registar quebras de quase 40% no valor médio de arrendamento, e onde os proprietários tiveram que se adaptar para arrendarem rapidamente os seus imóveis".

No que diz respeito à venda de casas, "as habitações mais procuradas pelos portugueses em 2020 continuaram a ser os apartamentos T2 e T3, mantendo-se, assim, o comportamento dos consumidores em termos de zonas preferidas, tipologias e dimensões dos imóveis transacionados", sendo que "registou-se uma subida de 6,9% no valor médio dos imóveis transacionados na rede Century 21 Portugal, em comparação com o ano anterior, e o valor médio fixou-se nos 170,5 mil euros, a nível nacional".

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Neste caso, Lisboa subiu 7,4%, para 328.199 euros, enquanto o Porto desceu 0,4% (201.500 euros), tendo Faro caído 3,2% (184.145 euros). Setúbal registou o maior crescimento, de 22,1% (156.048 euros).

Ricardo Sousa acredita que "esta subida do valor médio dos imóveis transacionados é uma consequência direta da falta de oferta no segmento médio e médio baixo, uma situação que coloca ainda maior pressão na taxa de esforço dos portugueses para aquisição de casa".

A Century 21 revelou ainda que "entre janeiro e dezembro de 2020, a faturação da rede imobiliária superou os 49 milhões de euros, o que representa uma subida de 4,5% face aos 46,9 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior".

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Além disso, "o volume de negócios mediado diretamente pela rede Century 21 Portugal e em partilha com outros operadores - onde um agente imobiliário representa o proprietário e outro, de outra empresa, representa o comprador - registou um ligeiro aumento de 1,6% para os 1.977.845.908 euros um indicador que também reflete o contexto geral do mercado imobiliário, num ano marcado pela pandemia", lê-se na mesma nota.

Em 2020, "foram realizadas 12.565 transações de venda de imóveis na rede nacional Century 21 Portugal, o que traduz uma quebra de 4,5% em relação às 13.160 efetuadas em 2019. O trimestre que mais contribuiu para a diminuição de operações de venda foi o segundo, que coincide também com os meses mais impactados pela crise pandémica, ao longo de 2020", indicou a empresa.

Por sua vez, "o número de operações de arrendamento registou uma subida de 5%, seguindo a tendência crescente do ano anterior. Em 2020, foram realizadas 2.685 operações de arrendamento, mais 127 do que as 2.558 efetuadas em 2019".

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O último semestre de 2020 "revelou os níveis mais elevados de transações de arrendamento dos dois últimos anos", destacou a rede imobiliária.

A empresa acredita que "em termos macroeconómicos, 2021 será um ano claramente marcado pela incerteza relativamente à evolução da pandemia e ao seu efeito real na economia, em Portugal e a nível global".

No que diz respeito ao "setor imobiliário nacional, o mercado residencial é um dos segmentos em que os indicadores são moderadamente positivos, para 2021", visto que a "procura permanece forte -- tanto a nacional como a internacional - porque a maioria das transações imobiliárias é uma consequência de alterações da estrutura familiar".

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Paralelamente, "o excesso de liquidez dos mercados e as taxas de juro historicamente baixas irão continuar a permitir a atração de investidores para o mercado residencial", sendo que a "oferta limitada continuará a ser o maior desafio do mercado imobiliário, em particular nas soluções para a classe média", indicou a Century 21.

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