A edição de hoje
O Banco de Portugal vai analisar duas soluções para encontrar compradores. Fundo de Resolução decide qual o caminho a seguir até junho, depois de um ‘roadshow’.
O Fundo de Resolução e o Banco de Portugal admitem vender parte do Novo Banco em bolsa, a investidores-âncora, e vão pôr em marcha dois cenários simultâneos que permitam encontrar um novo dono para a instituição.
A equipa liderada por Sérgio Monteiro e os responsáveis da supervisão vão, em simultâneo, tentar encontrar compradores estratégicos que queiram ficar com o Novo Banco, e testar um cenário em que um conjunto de investidores – fundos ou seguradoras que gerem carteiras de ativos com dimensão – assume a compra de uma participação no banco, ou seja, uma venda parcial. "Os investidores-âncora funcionam como uma espécie de rede, precedem uma operação de mercado, e o objetivo de tentar estas duas vias é testar todas as alternativas para aumentar o valor da venda", diz ao CM fonte conhecedora do processo.
Em junho, e após a apresentação das várias propostas, o fundo de resolução e o Banco de Portugal decidem qual dos dois caminhos a seguir. Isto porque, "se não houver uma venda parcial do banco até agosto de 2016, Bruxelas aciona remédios adicionais no âmbito do processo de ajudas públicas", adianta a mesma fonte. Tanto para a posição estratégica como para a compra de um conjunto do Novo Banco só podem candidatar-se instituições financeiras, seguradoras e fundos com experiência no setor financeiro.
Stock da Cunha, presidente do Novo Banco, e Sérgio Monteiro – consultor do Fundo de resolução que tem em mãos o dossiê da venda – vão fazer este mês uma digressão junto de investidores para lhes apresentar os dois cenários. Quanto à possibilidade de o BCP entrar na corrida pelo Novo Banco, fonte conhecedora do processo adianta que "há disponibilidade para ponderar esse caminho", mas lembra que o trabalho terá de ser feito pelo BCP.
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