A edição de hoje
Comissão de Trabalhadores vai voltar a negociar com empresa.
Os funcionários da Autoeuropa rejeitaram, nesta sexta-feira, o pré-acordo laboral negociado entre a administração e os representantes dos trabalhadores, que previa aumentos salariais de 4,6% em três anos.
A proposta foi chumbada por uma esmagadora maioria, com 3426 votos contra. Apenas 620 votos se mostraram favoráveis à alteração. O coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT), Fausto Dionísio, disse aceitar os resultados “com humildade democrática”, interpretando-os como um “mandato para renegociar o acordo celebrado com a administração”.
O pacto previa aumentos salariais de 1,7% em 2022, 1,2% em 2023 e um pagamento único de 500 euros a cada trabalhador em 2021, com um aumento mínimo de 25 euros.
“A CT acreditou que se tratava de um acordo que garantia uma atualização salarial razoável face à situação de incerteza em que vivemos, devido à pandemia e às mudanças em curso no setor automóvel”, reforçou Fausto Dionísio.
Do pré-acordo estabelecido faziam também parte as promessas da administração em melhorar o seguro de saúde dos trabalhadores e de criar condições para garantir a atribuição de um novo modelo.
A fábrica de Palmela conta com mais de cinco mil trabalhadores. A empresa produziu, no ano passado, 192 mil automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo Volkswagen. A unidade representa 1,4% do PIB e 4,7% das exportações nacionais.
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