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Banca ameaça acabar com taxa fixa ou mista no crédito à habitação

Associação Portuguesa de Bancos avisa contra propostas sobre comissões por reembolso antecipado.

26 de novembro de 2024 às 01:30

Se as propostas para limitar as comissões que os bancos cobram pelo reembolso antecipado dos créditos à habitação forem aprovadas, os contratos a taxa fixa ou mista podem acabar, diz a Associação Portuguesa de Bancos (APB), num parecer enviado ao Parlamento e citado pelo ‘Público’.

Na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, o PS propunha a eliminação das comissões por reembolso antecipado em todos os créditos, mas submeteu entretanto um novo texto que prevê uma comissão de 0,5% na amortização de créditos a taxa fixa. Já a proposta do Chega limita estas comissões a 0,5% nos empréstimos com taxa variável e nos contratos com taxa fixa.

Segundo a APB, estas comissões “visam permitir aos bancos ressarcir-se das perdas ou ganhos cessantes incorridos quando a duração dos referidos contratos de crédito é encurtada face à originalmente contratada e com base na qual foram feitos os cálculos para o seu equilíbrio económico”. Os contratos associados a taxa mista representam perto de 80% das novas operações de crédito à habitação, enquanto a taxa fixa responde por 6%. “Uma das muito prováveis consequências indesejadas que a medida poderá acarretar é o estreitamento — ou mesmo o fechamento — dos contratos a taxa fixa ou mista, que, recentemente, haviam assumido um papel predominante na contratação de novos créditos à habitação”, refere a APB. Inversamente, para o Banco de Portugal, a eliminação das comissões tenderia a favorecer a concorrência na banca.

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