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Bancos portugueses dos menos propensos a problemas vindos de instituições estrangeiras

Ligações entre os sistemas bancários dos diferentes países fazem com que cada país fique propenso a problemas quando ocorrem crises em sistemas bancários de outros países.

24 de outubro de 2025 às 13:41

O sistema bancário português é dos menos propensos a problemas em sistemas bancários estrangeiros, segundo um estudo do Banco de Portugal divulgado esta sexta-feira.

As ligações entre os sistemas bancários dos diferentes países fazem com que cada país fique propenso a problemas quando ocorrem crises em sistemas bancários de outros países.

O estudo do economista Roberto Panzica, do Banco de Portugal, com base num modelo aplicado a 22 sistemas bancários, e hoje divulgado, avaliou o impacto no setor financeiro português do incumprimento em sistemas bancários estrangeiros.

As conclusões indicam que "Portugal regista um dos índices de contágio mais baixos (0,3%) e o quarto índice de vulnerabilidade mais baixo (1,2%)" entre os países analisados, o que o autor atribui à posição relativamente periférica de Portugal.

O índice de contágio mede as perdas de capital que o incumprimento num setor bancário provocaria nos restantes. O índice de vulnerabilidade mede as perdas médias que um sistema bancário teria (normalizadas pelo capital) face a incumprimento de no sistema bancário de cada um dos outros países.

"A posição periférica de Portugal na rede de exposições entre países limita o seu impacto sistémico", afirma Panzica.

No estudo, o país com mais índice de contágio é França, seguindo-se Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Já no índice de vulnerabilidade, o país mais frágil é Reino Unido, seguindo-se França, Alemanha e Espanha.

Em 2008, o colapso do mercado imobiliário nos Estados Unidos e o alargado incumprimento no crédito à habitação (de alto risco) levou à falência de bancos e desencadeou uma crise financeira à escala mundial.

Recentemente têm sido levantadas preocupações com o crédito malparado em bancos regionais dos Estados Unidos, o que se tem repercutido em algumas perdas em ações de bancos europeus.

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