A edição de hoje
Trump publicou duas ordens executivas que definem o cenário global das tarifas, pouco antes do prazo que ele mesmo estabeleceu para negociar os impostos com os seus parceiros comerciais.
As principais bolsas europeias abriram esta sexta-feira em baixa, a digerir as novas tarifas comerciais anunciadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, cuja aplicação inicialmente estava prevista para esta sexta-feira, mas foi adiada para 07 de agosto.
Cerca das 09:00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 0,99% para 540,68 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt caiam 0,61%, 1,55% e 1,48%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 0,61% e 1,13%.
A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09:00 o principal índice, o PSI, recuava 0,92% para 7.640,89 pontos, contra o atual máximo desde 06 de maio de 2011, de 7.791,75 pontos, verificado em 09 de julho.
Trump publicou duas ordens executivas que definem o cenário global das tarifas, pouco antes do prazo que ele mesmo estabeleceu para negociar os impostos com os seus parceiros comerciais.
Uma dessas ordens aumenta as tarifas para o Canadá, enquanto a outra regula as tarifas para o resto do mundo.
Essas medidas beneficiam a maioria dos países, reduzindo alguns impostos em relação ao que foi anunciado em 02 de abril, quando Trump iniciou a guerra comercial.
O reajustamento das tarifas elevou o imposto para mais de 30% em países com os quais ainda não há acordo, como Suíça, Sérvia e Mianmar.
Na Ásia, a bolsa de Tóquio também reagiu, com o índice Nikkei a cair cerca de 0,6%.
A bolsa de Xangai perdeu 0,37%, e o Hang Seng de Hong Kong caiu 0,80% pouco antes do final da sessão.
Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street, que já fecharam em baixa ontem, continuam a cair.
O Dow Jones terminou a descer 0,72% para 44.130,98 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.
O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou também a recuar 0,03% para 21.122,45 pontos, contra o máximo de sempre, de 21.178,58 pontos, verificado em 18 de julho.
Além das tarifas, os investidores estão atentos aos dados económicos: na zona do euro, será divulgado o índice de preços ao consumidor (IPC), enquanto nos EUA será publicado o relatório oficial de emprego de julho.
No Reino Unido, a S&P Global divulgará o PMI da indústria transformadora.
O Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em outubro, está a recuar para 71,66 dólares, contra 72,47 dólares na quinta-feira.
O petróleo West Texas Intermediate, de referência nos Estados Unidos, também baixava, para 69,16 dólares, contra 69,26 dólares, antes da abertura oficial do mercado.
O ouro por onça 'troy', um ativo de refúgio, estava a desvalorizar-se para 3.290,52 dólares, contra 3.295,11 dólares na quinta-feira, e o atual máximo histórico, de 3.432,34 dólares, em 13 de junho.
Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha subiam para 2,728%, contra 2,693%.
A bitcoin desce 1,28% para 115.033 dólares, depois de ter atingido o máximo de sempre, de 120.280,72 dólares, em 14 de julho.
O euro avançava para 1,1428 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1423 dólares na quinta-feira e o novo máximo desde 15 de setembro de 2021, de 1,1789 dólares, em 02 de julho.
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