Governador do Banco de Portugal afasta quaisquer responsabilidades na concessão de créditos ruinosos.
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O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afasta quaisquer responsabilidades na concessão de créditos que acabaram por ser ruinosos para a Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Carlos Costa nega ter estado presente em reuniões onde foram aprovados estes empréstimos que geraram perdas para o banco estatal. "Não participei nos 25 grandes créditos que geraram perdas para a CGD", afirmou em entrevista no Jornal da Noite da SIC
Sobre o crédito a Vale do Lobo, Carlos Costa afirmou que não participou no Conselho de Crédito em que foi aprovado, mas numa reunião anterior em que foram decididas as condições em que o banco eventualmente emprestaria dinheiro a um futuro investidor no empreendimento.
"Ficou decidido [que a CGD] só participaria se houvesse pelo menos dois bancos [financiadores] e que todas as condições do departamento de risco seriam respeitadas, era uma decisão de princípio", declarou o governador, reiterando que não estava presente na reunião em que foi aprovado o crédito e que este não respeitou os princípios anteriormente acordados.
Carlos Costa, que foi administrador da CGD entre 2004 e 2006, acrescentou que nos anos em que esteve no banco público nunca participou em decisões lesivas para o banco público.
"Entre 2004 e 2006 nunca presenciei qualquer atitude e qualquer movimento que lesasse os interesses da Caixa Geral de Depósitos", garantiu.
Sobre Armando Vara, ex-administrador da CGD e atualmente preso no âmbito do processo Face Oculta, Carlos Costa disse que não é seu amigo e que lhe comprou um monte no Alentejo porque os "serviços da Caixa identificaram a oportunidade" e que ficou a saber depois que comprou por um preço uns milhares de euros acima do que inicialmente era pedido pela empresa imobiliária.
Sobre ter passado férias de verão em Vale do Lobo quando o crédito à CGD já estava em incumprimento - uma semana em 2013 e outra em 2014 -- referiu que o arrendamento de uma casa foi feita "em condições de mercado" aos serviços comerciais do 'resort'.
O relatório da auditoria à gestão da CGD entre 2000 e 2015 - que revelou concessão de créditos mal fundamentada, atribuição de bónus aos gestores com resultados negativos, interferência do Estado e aprovação de empréstimos com parecer desfavorável ou condicionado da direção de risco - envolveu em polémica Carlos Costa, que foi administrador da CGD, responsável pelas áreas de 'marketing' e internacional.
O Bloco de Esquerda (BE) apresentou a semana passada um projeto de resolução no qual pede a avaliação da idoneidade do governador, que deverá ser das primeiras personalidades ouvidas na nova comissão parlamentar de inquérito ao banco público.
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