Ministro disse que a anterior gestão privada da TAP "tinha o dinheiro dos portugueses" para gerir a companhia durante mais uns meses.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou esta terça-feira no parlamento que o acionista David Neeleman "não tinha um euro para meter na TAP" e que o Governo quis ser "senhor" do plano de reestruturação.
"David Neeleman não tinha um euro para meter na TAP", garantiu Pedro Nuno Santos, na Assembleia da República, perante os deputados da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
Assim, prosseguiu, o Governo preferiu pagar 55 milhões de euros ao antigo acionista David Neeleman para sair da companhia e abdicar das prestações acessórias a que tinha direito, tornando-se, assim, "senhor do plano de reestruturação", em vez de deixar essa responsabilidade a um privado que "mais cedo ou mais tarde" sairia da estrutura acionista.
O ministro das Infraestruturas disse ainda que a anterior gestão privada da TAP "tinha o dinheiro dos portugueses" para gerir a companhia durante mais uns meses, "em prol dos seus interesses", e não tinha disponibilidade para investir na empresa.
"O privado tinha o dinheiro dos portugueses para gerir durante mais alguns meses a companhia, em prol dos seus interesses, não necessariamente os interesses dos portugueses, ou do Estado português", afirmou Pedro Nuno Santos, que está a ser ouvido na Assembleia da República, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Inovação, por requerimento do Bloco de Esquerda (BE).
"Fosse [a gestão] absolutamente privada, ou absolutamente pública, estaríamos nesta posição. [...] O privado não tinha nem dinheiro, nem disponibilidade para meter um cêntimo na TAP", acrescentou, garantindo que a questão que se colocava quando o Estado decidiu ficar com 72,5% da companhia "era se se mantinha pública, ou fechava".
Pedro Nuno Santos apontou também críticas à gestão privada, que, defendeu, agravaram problemas preexistentes na companhia.
"Há problemas na TAP que são anteriores à gestão privada, que não foram resolvidos com a gestão privada e que, nalguns casos, foram até agravados pela gestão privada, e, na minha opinião, se me é permitida, a empresa cresceu demasiado depressa, [com] um número de contratações e de aviões acima do plano estratégico que estava acordado com o Estado", argumentou.
O ministro das Infraestruturas afirmou, ainda, que o redimensionamento da TAP não está a ser preparado apenas porque há um plano de reestruturação para implementar, mas também porque não há procura.
"Uma empresa pública deve servir o país, servir o povo, mas deve ser sustentável financeiramente", apontou.
O Governo entregou na quinta-feira o plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, que, segundo detalhou o ministro na sexta-feira, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.
O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões.
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