Pensões têm registado este ano um aumento máximo de 3,85%.
A associação de defesa do consumidor Deco disse que é urgente poupar para a reforma, face à previsível queda das pensões, alertando que os agregados familiares reformados têm, em média, quatro créditos ativos, com uma elevada taxa de esforço.
Num texto enviado à Lusa, a propósito do Dia Mundial da Poupança, que esta sexta-feira se assinala, a entidade realçou que "poupar para a reforma, em Portugal, é cada vez mais urgente, tanto mais que a esperança média de vida continua a aumentar e o valor das pensões a diminuir".
Segundo a Deco, "face à queda das pensões do Estado, é imperativo que os portugueses mudem o seu planeamento financeiro e que se criem novas políticas de proteção social".
A associação lembrou que, ainda que este ano as pensões tenham registado um aumento máximo de 3,85%, de acordo com os escalões de atualização legal, as projeções mais recentes da Comissão Europeia indicam que "a taxa de substituição das pensões em Portugal cairá drasticamente".
Assim, segundo o Ageing Report 2024, citado pela Deco, "a pensão média nacional deverá passar de 69,4% do último vencimento para 38,5% em 2050, caso não sejam implementadas reestruturações no sistema de Segurança Social".
Por isso, reiterou, "impõe-se planear antecipadamente a reforma para garantir um nível de vida digno, semelhante ao da idade ativa", destacando que "poupar para a reforma deve ser encarado como um objetivo ao longo de toda a vida ativa, iniciando-se logo que se entra no mercado de trabalho".
A Deco defende ainda que a poupança para a reforma deve contar "com incentivos fiscais progressivos, produtos transparentes e educação financeira acessível a todas as idades".
Para a associação de defesa do consumidor, "reformar a forma como se pensa a reforma" passa por "transformar o medo do futuro numa cultura de preparação e segurança".
A Deco lembrou que o envelhecimento e baixa natalidade ameaçam a sustentabilidade do sistema de pensões, apontando que "muitos portugueses não têm poupança complementar e desconhecem como funciona a sua pensão futura".
De acordo com os dados da associação, "os agregados familiares reformados têm ainda, em média, quatro créditos ativos", no valor aproximado de 20 mil euros, e cartões de crédito, de cerca de seis mil euros.
A associação revelou ainda que as prestações mensais totalizam cerca de 680 euros, face a um rendimento líquido médio de 1.150 euros, "o que representa uma taxa de esforço próxima dos 60%, muito acima do limite recomendado de 35%", mostrando a "elevada vulnerabilidade financeira de quem chega à reforma sem poupanças próprias".
A Deco acredita que é preciso implementar programas de literacia financeira e proteção para o futuro e garantir "apoio independente" que oriente escolhas de poupança complementar e produtos financeiros, "sem conflitos de interesse".
A associação defendeu ainda a criação de "incentivos fiscais progressivos" para todas as faixas de rendimento, tornando a poupança mais acessível, a promoção de "produtos de poupança simples, claros e transparentes, sem taxas escondidas" e o desenvolvimento de "políticas de inclusão financeira".
A Deco apelou ainda para a redução de carga fiscal sobre os depósitos a prazo e pediu a criação de "campanhas de sensibilização que expliquem a importância da poupança desde cedo, usando exemplos reais e acessíveis".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
                        O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário. 
                        O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
                    
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
                    Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login. 
                    Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
                
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.