Clientes do BES assumem excessos.
O presidente da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC), Ricardo Ângelo, pediu ontem "desculpas" ao governador do Banco de Portugal pelo tom dos protestos à porta de casa de Carlos Costa na passada semana, mas insistiu que "as pessoas estão numa fase de ansiedade e no limbo de emoções" e criticou o supervisor, acusando-o de "defraudar" os clientes por não os proteger.
À saída de um encontro com a administração do Novo Banco, Ricardo Ângelo acabou por reconhecer que não foram discutidas propostas concretas, mas o banco mostrou-se preocupado com quem comprou papel comercial do Grupo Espírito Santo aos balcões do BES e perdeu as poupanças de uma vida.
"O Novo Banco tem intenção de arranjar uma solução de liquidez imediata. Demonstrou alguma solidariedade e preocupação com quem perdeu tudo", declarou Ricardo Ângelo, sem, contudo, descartar ações em tribunal. Para o responsável que representa 700 pessoas, o banco liderado por Stock da Cunha "tem tentado encontrar uma solução, mas parece que tem sido um pouco reprimido" pelo supervisor que tem a instituição sob a sua alçada. Uma opinião pessoal para realçar que os clientes lesados não querem o dinheiro dos contribuintes, mas o reembolso do que investiram e perderam. Em causa estão cerca de 500 milhões de euros. Para memória futura fica a recusa da associação em trocar os créditos por ações do Novo Banco.
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