Antes de reuniões da União Europeia, ministro das Finanças salientou "dinamismo muito significativo" da economia portuguesa.
O Governo destacou esta quarta-feira o "bom momento" da economia portuguesa, que espera ver refletido nas previsões da Comissão Europeia que serão divulgadas na segunda-feira, falando numa "execução orçamental bastante robusta" com excedente este ano e no próximo.
"Nós tivemos, em sede [do Ministério] das Finanças e a Comissão Europeia, [...] as reuniões técnicas normais que antecedem sempre as previsões da Comissão, sejam elas as de primavera ou agora as de outono. Eu salientaria que a economia portuguesa está a mostrar um dinamismo muito significativo", disse Joaquim Miranda Sarmento, falando à chegada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.
De acordo com o ministro, "a economia portuguesa está num bom momento".
"Na semana passada conhecemos os números do emprego e dos salários, com um crescimento muito forte do emprego até setembro, um crescimento ainda mais significativo dos salários e, portanto, dos rendimentos reais dos portugueses".
Além disso, "a execução orçamental que conhecemos até setembro mostra também [...] uma execução orçamental bastante robusta e, portanto, nós estamos confiantes de que quer este ano, quer no próximo ano, teremos superávites", elencou o governante.
Isto num contexto em que "2026 é um ano mais exigente porque existe um montante de empréstimos PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para executar muito elevado, e que vale cerca de 0,7%-0,8% do PIB [Produto Interno Bruto] e que, naturalmente, cria uma pressão orçamental maior", admitiu.
"Ainda assim, os números que temos da economia portuguesa, do crescimento, do emprego e os números que temos da execução orçamental perspetivam que este ano e no próximo o país continua a ter contas públicas equilibradas e, mais importante, uma continuada redução da dívida pública", adiantou Joaquim Miranda Sarmento nestas declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas.
No Orçamento do Estado para 2026, o executivo prevê, para este ano, um crescimento económico de 2% do PIB, um excedente orçamental de 0,3% e uma redução da dívida pública para perto de 90% do PIB.
Quanto ao próximo ano, é estimado um crescimento económico de 2,3% do PIB, um excedente orçamental de 0,1% e uma dívida pública perto dos 88%, devendo ficar abaixo dos 90% do PIB pela primeira vez desde 2009.
Nas mais recentes previsões económicas, as de primavera, divulgadas em maio passado, o executivo comunitário estimou que Portugal tenha um excedente orçamental de 0,1% do PIB este ano, que se transformará num défice de 0,6% em 2026.
Ao mesmo tempo, o executivo comunitário reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia portuguesa este ano, para 1,8%, estando confiante de que o PIB vai crescer 2,2% em 2026.
As previsões económicas de outono da Comissão Europeia, que serão divulgadas na próxima segunda-feira, surgem num contexto de grande incerteza, tanto externa como interna, para as economias comunitárias.
Entre os principais fatores condicionantes estão a persistência da inflação subjacente e a política monetária restritiva do Banco Central Europeu, que continua a afetar o investimento e o consumo privado.
A evolução dos preços da energia - fortemente dependente da situação geopolítica no Médio Oriente e da guerra na Ucrânia - é outro elemento crítico, assim como os receios relacionados com o comércio mundial, o abrandamento da economia alemã e as tensões orçamentais em vários países da zona euro como em França.
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