A edição de hoje
Receita fiscal engorda até setembro, com um crescimento nos impostos indiretos e uma diminuição dos reembolsos de IRS.
O Estado arrecadou em impostos cerca de 200 milhões de euros por dia nos primeiros nove meses do ano, com a receita fiscal das Administrações Públicas a subir 6,2%. A cobrança de IRC recuou 4,3% até setembro, para 7,4 mil milhões de euros, refletindo, em parte, a redução dos pagamentos de autoliquidação, em consequência do aumento dos pagamentos por conta entregues em 2024.
Já o IRS, o imposto direto que mais dinheiro dá às finanças públicas, subiu 7,1% e contabilizou 14,1 mil milhões de euros, como resultado, em parte, da redução dos reembolsos em 723,6 milhões de euros (menos 21,9%). Fruto da aplicação de taxas de retenção na fonte reduzidas no mês de agosto, com entrega do correspondente imposto ao Estado no mês de setembro, assistiu-se a uma desaceleração do crescimento da receita de IRS, de 16,5% em agosto para 7,1% em setembro.
Por sua vez, a cobrança de IVA, aquela que mais dinheiro dá ao Estado, cresceu 8,7%, representando 18,9 mil milhões de euros até setembro. Ainda nos impostos indiretos, a receita arrecadada aumentou 12,3% em sede de ISP (Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos) e 10% no Imposto sobre o Tabaco.
Já o excedente das contas públicas melhorou 610,8 milhões de euros até setembro, para 6304,1 milhões, fruto de um aumento da receita (6,6%) superior ao da despesa (6,3%).
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