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Juros altos fazem disparar lucros do setor bancário

Cinco principais instituições bancárias lucraram 12,1 milhões de euros por dia no ano passado.

28 de março de 2024 às 01:30

A rentabilidade do sistema bancário português voltou a crescer em 2023, tendo também subido o custo do risco do crédito devido ao reforço das imparidades, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). A informação da instituição liderada por Mário Centeno surge após a divulgação dos resultados dos cinco principais bancos, que lucraram 12,1 milhões de euros por dia no decorrer do ano passado.

Os lucros da CGD, BPI, Santander, BCP e Novo Banco cresceram 72,5% no ano passado face a 2022. Só o banco público teve lucros de 3,5 milhões de euros por dia.

A Caixa Geral de Depósitos registou, assim, lucros de 1291 milhões de euros, seguida do Santander Totta, com 1030 milhões de euros, o BCP, com 856 milhões de euros, o Novo Banco, 743,1 milhões de euros e o BPI, 524 milhões de euros.

A subida da rendibilidade do ativo deveu-se, disse o BdP, sobretudo ao aumento da margem financeira (diferença entre o que bancos cobraram no crédito e pagaram nos depósitos), ainda que compensado parcialmente pelo aumento das provisões e imparidades.

Segundo a análise trimestral do regulador e supervisor bancário ao setor bancário, no ano passado, a rendibilidade “continuou a sua trajetória de crescimento”, com a rendibilidade do capital próprio a subir para 14,8% (mais 6,14 pontos percentuais) e a rendibilidade do ativo a subir para 1,28% (mais 0,59 pontos).

O BdP diz que o custo do risco de crédito aumentou, (0,16 pontos percentuais) situando-se em 0,45%, o que justifica com o reforço destas imparidades.

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