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Lesados sem solução à vista

Falta de consenso entre Banco de Portugal e CMVM dificulta resolução.

10 de setembro de 2015 às 01:00

Os lesados do papel comercial do BES continuam sem solução nem resposta para como recuperar parte do dinheiro. A acontecer, não chegará antes da venda do Novo Banco, cujas negociações decorrem. Os emigrantes com dívida do BES têm até dia 18 para aceitar ou rejeitar a solução em cima da mesa.

Ao que o CM apurou junto de várias fontes conhecedoras do processo, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e o Banco de Portugal, supervisor da Bolsa e regulador da Banca, respetivamente, estão cada vez mais afastados, o que dificulta uma solução conjunta que possa resolver o problema do papel comercial. "Não há disponibilidade para o diálogo", explicou fonte da Banca.

No caso dos emigrantes, que subscreveram dívida do BES, já terão em mãos mais informação sobre o plano proposto por Stock da Cunha e têm até 18 de setembro para decidir se aceitam a proposta.

Perante o impasse, mais de uma centena de lesados com papel comercial manifestaram-se à frente da sede do Novo Banco, na Avenida da Liberdade. Os ânimos de quem perdeu poupanças de vida exaltaram-se, com grades derrubadas e a PSP a intervir com gás-pimenta para dispersar os confrontos. Os manifestantes ergueram cartazes onde se podia ler ‘Novo Banco – o ladrão das minhas poupanças’ e ‘Desistir Nunca’.

A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial do BES promete mais manifestações e enviou ontem uma carta para "todos os líderes europeus", entre os quais Angela Merkel, François Hollande e Mariano Rajoy, denunciando a resolução do BES. Os lesados exigem uma solução até às legislativas de 4 de outubro.

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