A edição de hoje
Montante referente à verba do Fundo de Garantia de Depósitos.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, revelou no Parlamento que liquidar o Banif em 2012, ano em que foi avaliada pela primeira vez a ajuda pública à instituição, teria um custo de 4500 milhões de euros.
O montante é referente à verba do Fundo de Garantia de Depósitos que teria de ser disponibilizada para pagar os depósitos dos clientes do banco inferiores a 100 mil euros. Além desta verba, adiantou Carlos Costa na comissão de inquérito ao banco, haveria 2700 milhões de euros em depósitos que não estavam garantidos e que seriam perdidos pelos clientes.
Segundo o governador, "também a resolução foi equacionada". "O cenário de resolução requereria um esforço financeiro total entre 2500 e 4600 milhões de euros", explicou o supervisor financeiro. Carlos Costa lembrou aos deputados que a resolução era "uma solução que não tinha sido ainda testada e que envolvia riscos operacionais acrescidos".
"Na conjuntura económica recessiva e incerta, qualquer uma das opções - liquidação ou resolução - implicaria uma perturbação da confiança dos depositantes, que poderia ter efeitos devastadores na estabilidade financeira e na economia portuguesa", frisou Carlos Costa.
Carlos Costa adiantou "que perante a avaliação das várias alternativas, o Banco de Portugal concluiu que a recaopitalização pública era a que melhor assegurava a estabilidade e a que implicava menores custos para o Estado".
O Banco de Portugal e o Governo decidiram recapitalizar o Banif em dezembro de 2012. O banco recebeu 1100 milhões de euros, através de ações preferenciais, para reforçar o capital e mais 400 milhões de euros através das obrigações contingentes (os chamados CoCo's).
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