Desde o início do ano, o yuan valorizou 2,3% face à moeda norte-americana, fixando-se nos 7,14 yuan por dólar.
O yuan valorizou para o nível mais alto face ao dólar norte-americano desde a eleição de Donald Trump, num sinal de que Pequim está disposta a permitir um fortalecimento gradual da moeda chinesa.
Desde o início do ano, o yuan valorizou 2,3% face à moeda norte-americana, fixando-se nos 7,14 yuan por dólar.
Segundo analistas citados pelo jornal britânico Financial Times, a valorização da moeda poderá ter implicações nas negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos.
Durante o seu primeiro mandato, o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a acusar Pequim de manipulação cambial.
"É um sinal para os Estados Unidos", afirmou Mitul Kotecha, responsável pela estratégia cambial do banco britânico Barclays. "A China quer mostrar, de boa-fé, que não pretende desvalorizar a moeda", acrescentou.
Apesar do fortalecimento, o yuan tem tido um desempenho inferior ao de outras moedas importantes este ano, como o euro e o iene, que valorizaram 13,2% e 6,2%, respetivamente, face ao dólar.
O economista-chefe do banco de investimento Goldman Sachs para a Ásia-Pacífico, Andrew Tilton, sugeriu que as autoridades norte-americanas podem estar a incentivar vários países a permitirem a valorização das suas moedas.
A relativa estabilidade do yuan face ao dólar, que se encontra em queda, beneficia as exportações chinesas, mas aumenta a pressão sobre os setores industriais de outros países, cujas moedas mais fortes encarecem as exportações para os EUA.
O excedente comercial da China atingiu 685,5 mil milhões de dólares (585 mil milhões de euros) nos primeiros sete meses deste ano e ficou próximo de um bilião de dólares em 2024, o que, segundo vários economistas, sustenta o valor da moeda.
"Em geral, quando há um excedente comercial tão grande, seria de esperar que a taxa de câmbio evoluísse no sentido do equilíbrio", afirmou Tilton. "O yuan parece subvalorizado com base nos indicadores tradicionais", explicou.
A China tem ambições de longo prazo para aumentar o uso internacional do yuan e, num contexto de volatilidade do dólar, a manutenção de uma política de estabilidade cambial reforça a atratividade da moeda junto dos investidores estrangeiros.
"Há uma vontade de encorajar investidores estatais e soberanos a considerar o yuan como alternativa", afirmou o diretor de investimentos em obrigações do banco de investimento Aberdeen, Edmund Goh. "Se o yuan conseguir manter-se forte num ambiente instável, é uma boa oportunidade", acrescentou.
O recente aumento nas ações cotadas na China continental também tem contribuído para a valorização do yuan, segundo Jason Pang, gestor de carteiras da JPMorgan Asset Management.
Chi Lo, estratega sénior da BNP Paribas Asset Management, advertiu que só um aumento significativo do investimento estrangeiro em ativos chineses poderá empurrar a moeda para níveis abaixo dos sete yuan por dólar.
Para tal, frisou, será necessário resolver os problemas estruturais do mercado imobiliário e combater a deflação. "A política económica terá de ser mais assertiva para reverter a situação. Isso trará de volta os fluxos de investimento em carteira", frisou.
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