Tomás Correia garante que auditoria do Banco de Portugal "não tem impacto material" e recusa ligação ao caso GES, mas anuncia saída do banco.
O presidente do Montepio, Tomás Correia, garantiu ontem que o banco "não tem irregularidades" e que a auditoria pedida pelo Banco de Portugal à atividade da instituição "não tem impacto material" nas contas e no capital do Montepio. Tomás Correia recusa semelhanças ao caso BES, mas anunciou que vai sair da presidência da Caixa Económica para se candidatar apenas ao lugar de presidente da associação mutualista.
"O Montepio não cometeu irregularidades. Pode ter erros de procedimentos, mas não irregularidades", frisou o banqueiro, no mesmo dia em que a instituição apresentou lucros trimestrais de 9,8 milhões de euros, abaixo dos 35,5 milhões do período homólogo. Desagradado com o ruído criado em torno da auditoria do regulador, Tomás Correia fez questão de frisar que o Banco de Portugal só detetou a necessidade de "um maior controlo interno" e que 90% das "deficiências" apontadas "já foram objeto de melhoria desde 2012". Tomás Correia garantiu também que as operações analisadas, de 2009 a 2012, não referem nomes de clientes e que não ditaram a abertura de processos de contraordenação ao banco ou a revisão da idoneidade de membros do conselho de administração. Ainda assim, evitou especificar se os problemas detetados estão relacionados com controlo de risco no Finibanco Angola.
O banqueiro fez questão de repetir que "não há, nem houve, proximidade entre o BES e o GES" e que a comparação entre ambos "é injusta".
Sobre o futuro, recusou comentar nomes para a liderança do banco – Teixeira dos Santos é apontado –, mas deixou o recado: "Não recebemos nem imposições nem recados."
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