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Partidos favoráveis a investir em efetivos na Defesa nacional

Todos os partidos com assento no Parlamento querem apostar em carreiras militares mas não em armamento.

20 de março de 2022 às 09:43

O conflito na Ucrânia desenterrou o debate sobre o quanto o Orçamento do Estado para 2022 (OE22) deve contemplar a Defesa nacional, mas entre os partidos parlamentares o único consenso passa pelo reforço nas carreiras militares, ficando as armas em segundo plano.

Para o líder do Chega, André Ventura, “o reforço militar é fundamental”, pelo que defende um “aumento do investimento” em armas e nas carreiras. Já o deputado do PS Diogo Leão escolhe analisar as alterações provocadas pela “guerra atual” e acredita que os aumentos em investimento militar “não podem ser [...] reativos”, mas “sustentáveis e aplicados à realidade”. A posição do parlamentar do PSD Carlos Eduardo Reis passa por investir nos efetivos em detrimento das armas. “Entre reforçar em equipamentos, que muitos estão obsoletos, adicionalmente à Lei de Programação Militar, prefiro apostar nas carreiras”, admite o social-democrata. O presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, espera pelos números do OE22, mas adianta que o partido apoia o “reforço” e “modernização das nossas Forças Armadas e da participação de Portugal em forças conjuntas europeias”.

À esquerda, o consenso é diferente. Para o deputado do PCP António Filipe “há áreas da Defesa nacional que exigem um reforço orçamental”, como “a falta de efetivos” por “não haver atratividade para as carreiras militares” porque “não é isso que a NATO quer”, mas rejeita “o investimento em armas”, preferindo alocar verbas à educação, reformas e pensões. O deputado do Bloco de Esquerda João Vasconcelos crítica a participação portuguesa na NATO “em questões de índole ofensiva” e escolhe investir nas carreiras. Para o PAN, apesar do apelo “à não violência” e de esta matéria ainda ser objeto de reflexão, os países devem defender-se “em caso de conflito”.

Reforço militar em Portugal pode acontecer em 2024

O conflito na Ucrânia levou a Alemanha a recuperar o objetivo de chegar aos 2% do PIB em despesas militares pedido pela NATO aos membros da aliança defensiva. O ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, já admitiu que o objetivo de chegar aos 1,68% do PIB em despesas militares até 2024 “terá de ser repensado, senão para 2024, para os anos subsequentes”, a par da Lei de Programação Militar.

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