Presidente da companhia, Michael O'Leary, diz que apoios à TAP são "impostos deitados na sanita" da companhia".
O presidente da Ryanair, Michael O'Leary, defendeu esta quarta-feira que o apoio estatal à TAP não é um investimento, mas sim impostos cobrados aos contribuintes "deitados na sanita" da companhia aérea e acusou o ministro Pedro Nuno Santos de dizer "falsidades".
"[O apoio à TAP] não é um investimento, são impostos deitados na sanita da TAP", afirmou Michael O'Leary, em conferência de imprensa, refutando o argumento apresentado pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, de que o Estado tem direito a investir na TAP.
"O ministro [Pedro Nuno] Santos tem levado a cabo uma campanha para fazer acusações falsas sobre a Ryanair", disse o responsável da companhia aérea irlandesa.
Através de uma apresentação PowerPoint com uma fotografia do ministro Pedro Nuno Santos, com uma animação que fazia o seu nariz crescer à medida que eram descritas e refutadas as suas acusações à Ryanair, O'Leary negou a acusação de que a companhia irlandesa promove guerra comercial, dizendo que apenas cresceu "sem ajudas do Gverno de 3.000 milhões de euros".
O presidente da Ryanair disse ainda ser falso que a transportadora esteja envolvida em 'dumping' social, argumentando que os seus tripulantes de cabine ganham "o dobro de um enfermeiro ou um professor em Portugal".
Michael O'Leary disse também não ser verdade que a Ryanair seja subsidiada pelo Estado português e que não respeita os seus trabalhadores, bem como a afirmação do ministro das Infraestruturas de que o Governo português tem direito a investir 3.000 milhões de euros na TAP, uma vez que considera não ser um investimento, mas sim "impostos deitados na sanita".
O presidente da Ryanair ressalvou que a companhia aérea não tem uma má relação com o Governo português, mas sim apenas uma relação um pouco conturbada, de momento, com o ministro das Infraestruturas, de quem gostava de receber "um pedido de desculpas" pelas "acusações falsas que tem feito".
"Nós bloqueámos as ajudas estatais noutros países. [...] Nenhum outro ministro criticou a Ryanair como o ministro Santos", apontou Michael O'Leary, realçando não estar a atacar o governante, mas apenas a defender-se das "falsas alegações feitas contra um dos maiores investidores externo em Portugal".
"Ele [Pedro Nuno Santos] é um político. Está a jogar alguma espécie de 'carta' populista. Está preso à ideia de que vai salvar a TAP. [...] É um sinal da sua arrogância", acrescentou.
O responsável disse que a Ryanair também paga impostos em Portugal e, por isso, preferia ver esse dinheiro investido em hospitais, escolas e no aeroporto do Montijo.
"Nós não queremos ajudas europeias, nós não precisamos de ajudas europeias. Nós simplesmente achamos que [o investimento na TAP] é um completo desperdício de dinheiro. [...] Nós gostaríamos de ver a TAP a sobreviver, mas precisa de ser muito mais pequena e muito mais eficiente, mas não é", sublinhou O'Leary.
Em 2020, a TAP voltou ao controlo do Estado português, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado o auxílio estatal de 1,2 mil milhões de euros.
Já este ano, no final de abril, a Comissão Europeia aprovou um novo e intercalar auxílio estatal de Portugal à TAP, no valor de 462 milhões de euros, para novamente compensar prejuízos decorrentes da pandemia e, segundo a transportadora, garantir liquidez até à aprovação do plano de reestruturação por Bruxelas (que ainda decorre).
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