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Quota de carapau definida para Portugal em 2016 é exagerada

Portugal captura atualmente cerca de 26 a 27 mil toneladas de carapau por ano com as frotas de arrasto.

02 de dezembro de 2015 às 17:24

A quota de pesca de carapau proposta para 2016 é desajustada e exagerada porque a frota nacional não tem capacidade para capturar tanto peixe, defendeu esta quarta-feira um responsável da Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI).

"Não temos capacidade para capturar esse carapau todo", disse Valter Duarte à Lusa, sublinhando que este recurso é talvez o mais importante a seguir à sardinha.

Portugal captura atualmente cerca de 26 a 27 mil toneladas de carapau por ano com as frotas de arrasto, cerco e polivalente, pelo que o aumento é visto como "desajustado face às novas possibilidade de captura e também à própria espécie".

Além disso, acrescentou, "este aumento exagerado de TAC [Totais Admissíveis de Captura] de carapau pode dar azo a que outras frotas se mostrem interessadas em vir cá capturá-lo", o que não interessa à frota nacional.

"Queremos preservar este recurso dentro dos seus limites biológicos de captura", garante Valter Duarte.

As propostas de quotas da Comissão Europeia para 2016, que terão ainda de ser avaliadas pelos ministros das Pescas dos 28, a 14 de dezembro, apontam para uma subida da pesca do carapau (que cresceu quase 70% em 2015) em torno dos 15% e descida de outras espécies como areeiro, tamboril e raia, que Valter Duarte considera "mais problemáticas", já que têm mais valor comercial do que o carapau.

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