Acordo com os acionistas privados da TAP que vai traduzir-se na saída de David Neeleman e reforço da posição acionista do Estado de 50% para 72,5%.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) espera que o acordo entre o Governo com os acionistas privados da TAP assegure a viabilidade da empresa e que salvaguarde os postos de trabalho.
Esta sexta-feira, em comunicado, o SNPVAC diz esperar que estejam "lançadas as bases para que a incerteza acabe e se trilhe um caminho mais objetivo e concreto em direção ao futuro, à viabilidade da empresa e à salvaguarda dos postos de trabalho".
O governo anunciou na quinta-feira um acordo com os acionistas privados da TAP que vai traduzir-se na saída de David Neeleman e no reforço da posição acionista do Estado de 50% para 72,5%.
"O SNPVAC quer reforçar neste momento a sua total disponibilidade para o diálogo aberto e franco, à semelhança do que aconteceu nos últimos meses, para encontrar o melhor caminho para a viabilidade da TAP. O futuro próximo afigura-se particularmente exigente e desafiante", sublinha Henrique Louro Martins, presidente do SNPVAC, citado na nota.
O sindicato salienta ainda que "ao longo da sua história, os Tripulantes de Cabine e o SNPVAC sempre se assumiram como parte decisiva na superação dos momentos mais difíceis".
O Governo anunciou na quinta-feira que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, ficando com 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros, com a aquisição da participação (de 22,5%) até agora detida por David Neeleman. O empresário Humberto Pedrosa detém 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.
"De forma a evitar o colapso da empresa, o Governo optou por chegar a acordo por 55 milhões de euros", referiu o ministro das Finanças, João Leão, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, quinta-feira em Lisboa.
O governo esclareceu que a Atlantic Gateway passa a ser controlada por apenas um dos acionistas que compunha o consórcio, designadamente o português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro.
O dono da companhia aérea Azul, David Neeleman, sai assim da estrutura acionista da TAP.
A Comissão Europeia aprovou em 10 de junho um "auxílio de emergência português" à companhia aérea TAP, um apoio estatal de até 1.200 milhões de euros para responder às "necessidades imediatas de liquidez" com condições predeterminadas para o seu reembolso.
Uma vez que a TAP já estava numa débil situação financeira antes da pandemia de covid-19, a empresa "não é elegível" para receber uma ajuda estatal ao abrigo das regras mais flexíveis de Bruxelas devido ao surto, que são destinadas a "empresas que de outra forma seriam viáveis".
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou que o presidente executivo da TAP Antonoaldo Neves vai ser substituído "de imediato", sem revelar quem lhe sucede.
Pedro Nuno Santos anunciou também que o Governo vai contratar uma empresa para procurar no mercado internacional uma equipa de gestão qualificada para a TAP.
O ministro recusou assumir um cenário de despedimentos na TAP no âmbito do processo de reestruturação da companhia aérea.
"Inevitabilidades não as assumo. Não faz sentido estar a assumir cenários que decorrerão de um plano de reestruturação", disse.
Acordo significa futuro exigente, mas desafiante
O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Henrique Louro Martins, considerou esta sexta-feira que o acordo entre Governo e acionistas privados significa já um futuro diferente para a TAP, particularmente exigente, mas desafiante.
Em declarações à agência Lusa, Henrique Louro Martins disse estar preocupado com os postos de trabalho e com a viabilidade da empresa, mas considera que as bases estão lançadas.
"Neste momento este entendimento que o Governo teve com os acionistas privados significa já um futuro diferente particularmente exigente e desafiante, mas em termos de condições de trabalho estas terão de ser objeto de reuniões entre o sindicato e a TAP", referiu.
O Governo anunciou na quinta-feira um acordo com os acionistas privados da TAP que vai traduzir-se na saída de David Neeleman e no reforço da posição acionista do Estado de 50% para 72,5%.
De acordo com o presidente do SNPVAC, os trabalhadores já estavam à espera a situação se resolvesse "mais ou menos dentro dos mesmos moldes".
"Era uma situação que estávamos à espera. Esta desinformação dos últimos dias deixou uma incerteza muito grande quanto ao futuro da companhia. Estávamos à espera que se resolvesse mais ou menos dentro dos mesmos moldes", disse.
Questionado sobre a possibilidade de existência de despedimentos, Henrique Louro Martins disse não ter conhecimento de que deverão ocorrer.
"Não temos conhecimento de que tenha de haver despedimentos. Infelizmente no caso dos tripulantes de cabine, a TAP já tinha tomado a decisão de não renovar contratos de trabalho a cerca de 1.000 tripulantes. Quanto a mais reduções, isso só depois de termos reuniões onde nos possa ser transmitido esse assunto, mas até ao momento não temos qualquer informação e espero que não venha a acontecer", frisou.
O presidente do SNPVAC disse que já há cerca de três meses que o sindicato vem pedindo reuniões à TAP, mas sem sucesso.
"A TAP encontra-se parada e é urgente retomar a atividade porque as outras companhias aéreas vem tomando o nosso lugar no negócio. Esperemos que os pedidos sejam deferidos para nos sentarmos à mesa e debater este assunto", disse.
Sobre as expectativas futuras, Henrique Louro Martins diz que estas também dependem da evolução da pandemia de covid-19.
"O setor da aviação civil juntamente com o turismo são os setores mais afetados. Vamos aguardar e esperar que isto tudo passe e que a atividade recomece em força para garantir postos de trabalho. (...). A TAP é uma empresa vital para todos nós não são só os trabalhadores da TAP. Ainda ontem, o ministro falava em mais de 100 mil postos de trabalho indiretos. Vamos aguardar pelo desenrolar da situação", concluiu.
O Governo anunciou na quinta-feira que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, ficando com 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros, com a aquisição da participação (de 22,5%) até agora detida por David Neeleman. O empresário Humberto Pedrosa detém 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.
O governo esclareceu que a Atlantic Gateway passa a ser controlada por apenas um dos acionistas que compunha o consórcio, designadamente o português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro.
O dono da companhia aérea Azul, David Neeleman, sai assim da estrutura acionista da TAP.
A Comissão Europeia aprovou em 10 de junho um "auxílio de emergência português" à companhia aérea TAP, um apoio estatal de até 1.200 milhões de euros para responder às "necessidades imediatas de liquidez" com condições predeterminadas para o seu reembolso.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou que o presidente executivo da TAP Antonoaldo Neves vai ser substituído "de imediato", sem revelar quem lhe sucede.
Pedro Nuno Santos anunciou também que o Governo vai contratar uma empresa para procurar no mercado internacional uma equipa de gestão qualificada para a TAP.
O ministro recusou assumir um cenário de despedimentos na TAP no âmbito do processo de reestruturação da companhia aérea.
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