Vários jovens, entre os quais Nelson e Daniel, que já viveram com Francisco Leitão, regressaram à aldeia de Carqueja. A PJ também voltou à casa.
O‘castelo’ de Francisco Leitão deixou de estar vazio, uma semana depois da detenção do ‘rei dos gnomos’ pelos assassinatos de Tânia Ramos, Ivo Delgado, ambos em 2008, e Joana Correia, já em Março deste ano. Os discípulos do serial killer, como ele afirmava com orgulho por entre os vizinhos e em vários vídeos na internet, regressaram à Carqueja, na Lourinhã, e passaram o dia de ontem em arrumações, depois de a Judiciária passar a pente-fino todas as divisões da casa à procura dos corpos, que continuam desaparecidos.
Pelo menos três jovens, entre os quais Nelson e Daniel – que chegaram a viver com Francisco Leitão, aliciados com bebidas, tabaco e viagens alucinantes no seu Audi A4 –, entraram na casa, abriram as portas e janelas, recolheram o correio e passaram a tarde a arrumar electrodomésticos por entre várias gargalhadas. Como se nada se passasse e completamente alheios ao triplo homicídio causado por ciúmes. Confrontados pelo CM, recusaram-se a prestar declarações. O dia de ontem foi também marcado pelo regresso da PJ ao ‘castelo’, numa autêntica luta contra o tempo para encontrar os corpos dos três jovens, outrora também discípulos e acolhidos em casa do homem que os matou. A Judiciária crê que estejam enterrados em zonas de mato entre Peniche, Caldas da Rainha e Lourinhã.
O cunhado de Francisco Leitão esteve na casa, mas saiu pouco depois. Recorde-se que, tal como o nosso jornal noticiou na edição de ontem, a família foi obrigada a sair com os constantes insultos dos vizinhos. Os três filhos do casal estavam assustados com os gritos dos moradores. Estão agora a viver com familiares numa aldeia próxima.
Os vizinhos de Francisco Leitão não se aperceberam da entrada dos jovens com pouco mais de 18 anos, que mantêm o seu apoio ao ‘rei Ghob’, ao contrário da família, que se sente envergonhada, principalmente irmãos e a ex-mulher.
JUDICIÁRIA LUTA PARA ENCONTRAR OS CADÁVERES
A Polícia Judiciária continua no terreno numa luta constante para encontrar os cadáveres de Tânia Ramos, Ivo Delgado e Joana Correia, as três vítimas de Francisco Leitão, mortos por causa de ciúmes. O ‘rei dos gnomos’ não facilita, e nem aos inspectores nem ao juiz confessou os crimes, muito menos onde estão escondidos os corpos. Ontem, dois inspectores regressaram ao ‘castelo’, onde se encontravam os jovens a arrumar a casa depois das buscas aquando da detenção do serial killer. As paredes falsas foram vistas ao pormenor e as buscas em toda a casa revelaram-se infrutíferas, mantendo-se o mistério do paradeiro dos corpos desaparecidos. De resto, a investigação aponta para que os cadáveres estejam enterrados em zonas de mato. Várias pessoas, entre familiares e amigos, foram ouvidas.
'VI O VÍDEO DAS CENAS DE SEXO COM O IVO'
Gina M., a segunda mulher de Francisco Leitão e mãe da filha de cinco anos do ‘rei dos gnomos’, diz-se envergonhada com a situação. 'Lutei muito por ele porque o amava, mas quando vi o vídeo das cenas de sexo com o Ivo não aguentei e decidi ir embora, porque não aceitava aquilo', disse a mulher que agora vive em França, em entrevista à SIC. 'Percebi que o Francisco não andava bem e antes de ir ainda avisei o Ivo para ter cuidado, principalmente depois do fogo em nossa casa, em que a minha filha ia morrendo. Ele só me disse para ficar descansada', desabafou, incrédula com a morte do jovem, que considerava 'bom rapaz'. Gina M. regressou a França em 2007, com a filha, e, sabe o CM, será uma das próximas pessoas a serem ouvidas pela PJ.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.