A edição de hoje
Artigo exclusivo
As revelações do 'menino de famílias' que fez da música a sua vida. Há dois anos descobriu que tinha sido pai.
Chama-se José Albano Salter Cid de Ferreira Tavares e nasceu a 4 de fevereiro de 1942 na Chamusca, numa família de barões e viscondes. Teve uma educação de excelência, no elitíssimo Colégio Nun’Álvares, em Santo Tirso, e nos primeiros anos de vida nada fazia prever que dali saísse um rebelde até na opção profissional: fazer, tocar e cantar música. Na sua maneira muito própria, de voz inconfundível e desvios esquizofrénicos: fez música tradicional, apanhou a onda do rock progressivo, agarrou a pop, escreveu provavelmente o maior naipe de baladas incontornáveis da música portuguesa, recuperou o fado na época em que os fadistas se esconderam. "Um aristocrata que tem dentro um punk e um mestre de cerimónias de arraial", como tão bem definiu Nuno Markl no prefácio da sua biografia, ‘O Lado B de um Provocador’, edição Casa das Letras, que no próximo dia 7 chega às livrarias. A par com a assombrosa carreira musical, o País foi ao longo de décadas ouvindo um homem que não tem papas na língua, seja para "contestar" a classe política ou até a artística. Se é ou não bem visto pelos seus pares? Isso é coisa que pouco lhe interessa. Da mesma forma que nunca se importou com o impacto de uma certa fotografia onde aparece tal como Deus o pôs no Mundo ou de abraçar em direto certas polémicas, como a adoção de crianças por homossexuais. Mas aos 73 anos também revela que foi um homem sempre comandado pelo coração. Somou quatro casamentos, três divórcios e garante que agora vive com "um anjo que caiu do Céu", ao mesmo tempo que revela um íntimo segredo dos primórdios dessa relação...
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