"Parecia que ela estava a dormir", disse a progenitora de luto.
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Uma mulher, Stephanie Nimmo, de 49 anos, decidiu preservar o corpo da filha de 12 anos, Daisy, uma semana após a morte da menina.
A mãe de Daisy manteve o corpo num colchão especial, vestiu-lhe o vestido da Disney favorito e colocou-lhe flores no cabelo. A juntar a este cenário, Stephanie ligou ainda luzes "de fada" à volta da cama da menina e pôs a tocar a música favorita como plano de fundo.
Os pais alegaram que a filha parecia "estar a dormir" e que estava relaxada, como se estivesse a dormir em paz, de acordo com o jornal britânico Mirror.
Daisy morreu em 2017 com uma condição rara chamada síndrome de Costello, que afeta menos de 300 crianças em todo o mundo. Esta é uma doença causada por uma mutação de um gene causador de cancro, o que significa que houve um aumento de 17% de risco de desenvolver um tumor, problemas cardíacos e ósseos para a menina.
Os médicos já previam uma morte precoce. Mesmo assim, a jovem de 12 anos aguentou mais tempo do que era expectável. Depois de dar o último suspiro, Daisy foi levada para casa em Wimbledon, Inglaterra, e colocada num colchão frio especial para a poder conservar durante uma semana.
"Quando a Daisy chegou a casa, estava de camisola, colocámos o edredão por cima dela e os brinquedos à volta", conta Stephanie.
A mãe da criança afirma que esta foi a forma que arranjaram para fazer o luto da menina e vê-la assim, "em paz, foi crucial para o processo de luto".
"Eu toquei a música dela, a banda sonora do Frozen, e tínhamos algumas velas acesas. Os meus filhos e eu simplesmente entrámos e saíamos do quarto dela. Era como se ela estivesse a dormir. Mas eu continuei à espera que ela acordasse e dissesse 'vai embora!', revelou a mãe da menina.
Stephanie percebe que muitos são aqueles que olham com estranheza para a forma como a família fez o luto da menina. "Parecia a coisa mais natural do mundo. Senti que a tinha recuperado. Trouxe-a para longe de uma morte traumática e de um ambiente médico e ela era apenas a minha menina enfiada na cama", disse.
E que colchão especial é este?
O hospício onde a pequena Daisy faleceu tinha este tipo de colchões - presente em poucas casas do género - e um deles foi dado a esta família para que se pudessem despedir da criança.
"É um colchão revestido de plástico azul, com fluido refrigerante e preso a um tubo. Ele age como uma câmara frigorífica acolchoada. Fiquei surpreendida com a pouca informação sobre estes colchões frios. Se Daisy estivesse num hospício diferente, não poderíamos levá-la para casa depois da sua morte", explicou Stephanie.
A família de Daisy afirma que este procedimento acontece com outras pessoas, mas é raro. Se para uns, uma noite é suficiente para fazer o luto, para o caso desta família foi necessária uma semana.
Stephanie e Xanthe revelam que ficaram com memórias mais felizes da menina e que se tornou mais fácil por ver Daisy "em paz".
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