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Precisamos de cada pessoa e da sociedade civil

Eduardo Jorge Costa Pinto nasceu a 20 de abril de 1987 em Amarante. Formado em engenharia do ambiente, é deputado e um dos fundadores do Livre.

28 de dezembro de 2025 às 17:00

O maior desafio que se coloca a Portugal diz respeito às pessoas e funda-se na convicção de que há valores inegociáveis. Não se trata de um desafio isolado, reparte-se por diferentes áreas e situações, num momento em que Liberdade e Democracia estão sob a ameaça de velhos autoritarismos disfarçados de novidade.

Se afirmar que as alterações climáticas representam o maior desafio da nossa era, é claro que o país está envolvido, desde logo porque, conforme o demonstram os estudos, será um dos principais atingidos, em termos europeus, pelos seus efeitos. Mas a emergência da afirmação da nossa economia, num contexto em que a transição ecológica se assume como a melhor oportunidade de negócio para Portugal, também tem no seu epicentro as pessoas. E, com estas, a necessidade imperiosa de saúde, habitação e trabalho para toda a gente, justiça social, equilibrada distribuição de riqueza, diversidade, inclusão, solidariedade.

Tem de ser, portanto, um país onde não cabe mais o círculo vicioso de baixos salários, precariedade, reduzido valor acrescentado. E onde se afirma um círculo virtuoso com a semana de quatro dias a permitir melhores condições de vida para os trabalhadores, daqui resultando mais e melhor produtividade e a subida da taxa de natalidade.

Um país dinâmico, no qual se afirma a cidadania e se rejeitam os discursos de ódio; um país com personalidade e dimensão internacional, assente numa democracia robusta que se distingue à escala mundial. E um mundo de democracias e Direitos Humanos não é só um mundo mais justo, é também um mundo mais seguro. Para isso precisamos também de comunidade. Precisamos de cada pessoa e da sociedade civil que tem estado sob ataque e que, diariamente, por todo o globo, trabalha para dar casa a refugiados, combater e prevenir doenças, dar voz a pessoas colocadas à margem.

Quando falamos hoje de democracia e direitos humanos, homenageamos também os trabalhadores e trabalhadoras e as organizações da sociedade civil que persistem na defesa da transparência e da integridade, da dignidade e da decência. São protagonistas de ações que promovem a participação democrática e prestam serviços essenciais onde a presença do Estado não é capaz de fazer-se sentir. No fundo, são quem dá sentido à urgente e tão necessária regionalização, fundamental para colocarmos fim ao isolamento, às zonas deprimidas e desfavorecidas do território, assegurando sempre a proximidade com todas as populações.

Conheço bem o país e sei que é essencial dar visibilidade a um Portugal que já existe. Um país da entreajuda, do amor, da empatia. E que valoriza a liberdade, a igualdade, a fraternidade, valores que são a própria essência do projeto republicano.

Como escreveu Albert Camus, no livro ‘O Homem Revoltado’, “a verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente”. E essa é uma das forças-motrizes desta candidatura: mobilizar o país e juntar as suas vozes várias por um presente unido que nos garanta um futuro em coesão.

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