João Martins diz que votar na coligação Bloco e Livre em Gaia é "uma mais valia" porque programa não tem "só intenções"

Cabeça de lista da coligação lembrou ainda que "não pode ser o presidente da Câmara a gerir a agenda cultural do concelho".

08 de outubro de 2025 às 16:44
Câmara de Vila Nova de Gaia Foto: Paulo Duarte/Jornal de Negócios
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O cabeça de lista da coligação BE/Livre à Câmara de Vila Nova de Gaia, João Martins, disse esta quarta-feira que votar nesta candidatura é "uma mais-valia" para os gaienses, porque o seu programa eleitoral que não é só de intenções.

"Acho que somos uma mais-valia para os gaienses. Temos um programa eleitoral que não é só de intenções, é mesmo querer fazer mais habitação, mais mobilidade, dois pontos extremamente sensíveis e de extrema dificuldade para o cidadão em comum", disse João Martins que falava à Lusa nesta que é a última semana de campanha para as eleições autárquicas que se realizam domingo.

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Além da habitação e da mobilidade, o candidato da coligação designada "Bloco+Livre+..." destacou o capítulo dedicado "+Vida", garantindo: "Queremos de facto cuidar das pessoas, da sua dignidade. Aliás, a dignidade não é um acessório".

Nesta vertente, são prioridades para Bloco de Esquerda e Livre "aumentar "exponencialmente a rede de creches e lares públicos" porque, disse o candidato, "Gaia tem bebés e crianças e uma população muito idosa e nenhuma geração está de facto a ter respostas".

"E também destaco a ecologia. Temos que proteger o nosso território. Temos um projeto justo, verde e sustentável e que deve promover a vida boa das pessoas, a vida feliz. Isto não são quimeras. Isto é perfeitamente tangível", referiu.

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Lembrando a cultura e tradições de Vila Nova de Gaia, João Martins disse que "não pode ser o presidente da câmara a gerir a agenda cultural do concelho" e exigiu que "sejam dados passos para que quem faz tanta produção independente possa apresentar os seus trabalhos.

"Vila Nova de Gaia tem uma tradição em cerâmica, mas não temos um museu que possa ser o repositório da nossa memória nessa área. Por exemplo, se formos ao Hospital do Rio de Janeiro, os azulejos que forram o hospital vieram de Gaia. Há um edifício quase desmantelado, mas a câmara, a certa altura, adquiriu-o, (o espaço da antiga fábrica das Devesas, que ainda está ali), quando nós já devíamos ter dado passos concretos para construir lá o Museu da Cerâmica", defendeu.

Ainda neste capítulo, João Martins lembrou a arqueologia industrial, apontando que, em Crestuma, "há coisas riquíssimas a preservar" e enumerou outros exemplos de tradições que quer ver a fazerem parte "da memória futura do concelho"

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"Já temos dois deputados e queremos reforçar esse número na Assembleia Municipal e eleger um vereador. Aliás, há quatro anos ficámos muito perto de eleger o vereador, só com o Bloco [de Esquerda], e acredito que com esta sinergia dos dois partidos [BE e Livre] mais os independentes, vamos conseguir", concluiu.

Na corrida à Câmara de Vila Nova de Gaia estão as candidaturas de André Araújo (CDU -- coligação PCP/PEV), João Paulo Correia (PS), Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP/IL), Daniel Gaio (Volt), João Martins (BE/Livre), Rui Sequeira (ADN), António Barbosa (Chega) e Catarina Costa (Partido Liberal Social).

O executivo municipal é composto por 11 eleitos, tendo o PS nove e o PSD dois.

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