RIR tem ouvido "muitas pessoas descontentes" e propõe "moderação"

Partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) obteve cerca de 14 mil votos nas últimas legislativas.

05 de outubro de 2025 às 16:23
Luís Mendes (RIR) Foto: Pedro Pina/RTP
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Luís Mendes, cabeça de lista do RIR a Lisboa, tem ouvido "muitas pessoas descontentes" e, para evitar que estas se virem "para os extremos", propõe moderação, saindo do "campo de batalha" entre esquerda e direita.

"Eu não quero isso. O que eu quero é governar para uma Lisboa moderada, equilibrada, que ouça todos, quer do lado esquerdo, quer do lado direito", disse à Lusa, durante uma ação de campanha realizada este domingo na Feira do Relógio.

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Ainda há quem não conheça o Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), que obteve cerca de 14 mil votos nas últimas legislativas, ou então quem o associe sobretudo a Vitorino Francisco da Rocha e Silva, popularmente conhecido como Tino de Rans, mas "as pessoas já reconhecem a seriedade do partido", considera Luís Mendes.

Funcionário camarário com origens familiares na ilha do Fogo, em Cabo Verde, Luís Mendes diz que os lisboetas "estão a ser corridos de Lisboa", dando o seu próprio caso, empurrado para São Domingos de Rana, Cascais, pela crise na habitação. 

"A minha vida é toda feita em Lisboa", realça. "Cresci e ainda faço toda a minha vida aqui em Marvila [onde fica a Feira do Relógio] e vejo como esta freguesia e a própria cidade está abandonada", aponta. 

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Em resposta, Luís Mendes faz propostas concretas, a partir da sua própria história de vida.  

Ao ter de colocar o pai num lar em Mafra, porque não conseguiu lugar em Lisboa, decidiu propor que cada freguesia passe a ter um equipamento de apoio a idosos.  

"É muito mau escorraçarmos os nossos idosos, que trabalharam, que contribuíram para esta cidade, a terem que ser colocados longe da família, longe dos seus vizinhos, amigos", critica. 

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Para o candidato do RIR, deve ser erguido em cada freguesia um lar, em parceria com as juntas de freguesia e com a Santa Casa da Misericórdia, da mesma forma que se constroem centros de dia, jardins de infância ou piscinas. 

A medida é importante "até politicamente", nota, recordando que "os idosos ainda votam". 

Outra proposta é a criação de uma bolsa de apoio à formação de educadores, professores e auxiliares no sentido de poderem "receber mais facilmente" as crianças com necessidades educativas especiais, que "estão a ser recusadas" nas escolas. 

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Lembrando que, um mês após o início do ano letivo, ainda há muitas turmas sem professores, Luís Mendes sugere ainda que se converta o património municipal e do Estado em habitação para docentes deslocados. 

Nas eleições autárquicas de dia 12, além de Luís Mendes, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN) e Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP). 

O atual executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE. 

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